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Economia
Terça - 16 de Novembro de 2004 às 17:23

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, anunciou que a entidade vai montar imediatamente uma equipe de defesa comercial para proteger a indústria nacional contra possíveis prejuízos causados pelo posicionamento do Brasil de reconhecer a China como uma economia de mercado.

A Fisep é contrária à decisão do governo brasileiro sob a alegação de que o reconhecimento pode enfraquecer os instrumentos de defesa comercial. "Vamos identificar junto com os setores aqueles produtos que estão sendo importados, crescendo rapidamente, vindos da China, e vamos usar todas as forças da indústria brasileira", salientou o empresário.

Para Skaf, mesmo que o governo brasileiro tenha uma equipe talentosa, a partir de agora, com o reconhecimento da China como uma economia de mercado, os trabalhos para provar um dumping (prática que os países adotam para favorecer a exportação de seus produtos em prejuízo dos importadores) se tornaram mais difíceis.

Ele explicou que uma das formas de se provar um processo dessa natureza é comparar os preços domésticos com os preços de exportação. "Antes nós não precisávamos comparar o preço doméstico chinês e sim o preço doméstico de outro país. Agora vale o preço chinês e todos nós sabemos que a China é uma economia estatizada, que os preços são bastante baixos e não refletem a realidade de mercado", alertou o empresário.

Paulo Skaf, que participou, na noite de ontem, de jantar oferecido no Palácio dos Bandeirantes, ao presidente da China, Hu Jintao, disse não ter dúvidas de que pode haver uma nova invasão de produtos chineses no Brasil.




Fonte: Agência Brasil

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