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Internacional
Sexta - 12 de Novembro de 2004 às 18:11

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A operação da polícia holandesa contra supostos membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) terminou com um balanço de 38 detenções em diferentes pontos do país, informou a Procuradoria nacional em comunicado. Durante esta operação, que contou com participação de 200 agentes, a polícia deteve esta manhã 29 pessoas de origem curda entre elas cinco mulheres, durante o desmantelamento de um possível campo de treino do PKK, organização armada separatista declarada ilegal na Turquia.

Outras nove pessoas foram detidas em diferentes pontos do país: duas em Haia, duas em Roterdã, três em Eindhoven (sudeste do país), uma em Capelle aan den Ijssel (sudoeste do país) e uma no aeroporto de Schiphol.

A polícia apreendeu armas de fogo, passaportes e documentos com instruções militares que se encontravam nos imóveis dos suspeitos, informaram as fontes.

A Procuradoria Geral do Estado suspeita que os supostos integrantes do campo recebiam treinamento para a luta armada da PKK na Turquia, inclusive para a preparação de atentados terroristas e imolações.

Além disso, a Procuradoria acredita que ao finalizar sua preparação na Holanda, os curdos viajariam à Armênia para participar de unidades do PKK.

A Justiça holandesa investiga se militantes do PKK na Armênia usam documentação falsa para viajar para a Holanda, usando os bilhetes de avião de volta de pessoas treinadas nos Países Baixos.

A investigação da Procuradoria também constatou que um número de suspeitos administram aspectos logísticos para o PKK, o que inclui viagens de pessoas e transferências de dinheiro da Holanda para Turquia e Armênia.

Esta operação não tem relação alguma com as últimas ações policiais realizadas por causa dos incidentes violentos desencadeados depois do assassinato do cineasta Theo Van Gogh, que pode ter sido obra de radicais islâmicos.

As relações entre Holanda e Turquia sofreram problemas nos últimos meses por causa do pedido de extradição de Ancara de uma dos líderes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), Nuriye Kesbir.

Em 7 de setembro o ministro holandês da Justiça, Piet Hein Donner, deu sua permissão para a extradição de Kesbir, mas na última segunda-feira um tribunal a proibiu por considerar que a Turquia não respeita os direitos humanos.

Segundo as autoridades turcas, Kesbir é responsável por mais de 25 ataques a alvos militares entre 1993 e 1995 em duas províncias do leste da Turquia.




Fonte: EFE

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