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Saúde
Sexta - 12 de Novembro de 2004 às 17:17

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Empresa teria ocultado informações que obteve em uma pesquisa A fábrica de cigarros Philip Morris negou acusações de que encobriu informações sobre os malefícios do fumo passivo.

De acordo com a empresa, as alegações são "falsas, imprecisas e altamente enganosas".

Um relatório publicado na revista científica Lancet alegou que a Philip Morris ocultou investigações e se negou a publicar provas sobre riscos sofridos por fumantes passivos.

As alegações se referem a um estudo sobre a saúde de fumantes feito por um centro de pesquisas alemão adquirido pela Phillip Morris na década de 70.

Documentos

Os pesquisadores Martin McKee, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, e seus colegas Pascal Diethelm e Jean-Charles Rielle, da Suíça, examinaram documentos que foram divulgados após um acordo judicial em 1998, nos Estados Unidos, que obrigou diversas empresas de cigarro a abrir arquivos internos.

Após analisar os documentos, os pesquisadores acusaram a Phillip Morris de ter tomado medidas para impedir que as pesquisas feitas desde os anos 70 no centro de pesquisas alemão viessem à tona e garantir que apenas uma parcela das descobertas feitas nas pesquisas fosse divulgada.

Segundo Martin McKee, os cientistas envolvidos com o centro de estudos da Alemanha só divulgaram parte de sua pesquisa e omitiram a parte do que chama de "provas de que os fumantes passivos enfrentam ainda mais riscos que os fumantes ativos".

Segundo um representante da Philip Morris, as alegações presentes no artigo são "altamente distorcidas e já foram feitas contra a empresa em numerosas ações judiciais nos Estados Unidos".

O porta-voz da empresa disse que os objetivos primordiais do artigo - alertar a opinião pública sobre os riscos e criar restrições ao fumo - são preocupações de que a Philip Morris compartilha.




Fonte: BBC Brasil

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