Microcrédito completa um ano com mais de 480 famílias atendidas

Atuando em 10 municípios do médio-norte, o projeto já liberou mais de R$ 460 mil em créditos e gerou mais de 700 novos postos de trabalho.

Máquinas para agilizar o trabalho, diminuir o desperdício e melhorar a qualidade do produto final, recursos para aquisição de estoque de matéria-prima ou ampliação das vendas. Estas são algumas das possibilidades de utilização dos recursos do Projeto Microcrédito.

Atuando em dez municípios da região Médio-Norte de Mato Grosso, o projeto Microcrédito já concedeu mais de R$ 460 mil em empréstimos a micro e pequenos empreendedores desde sua implantação em outubro de 2003 e gerou mais de 700 novos postos de trabalho.

Na próxima terça-feira (16.11), o governador Blairo Maggi e a secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, responsável pela coordenação do projeto no Estado, fazem um balanço do primeiro ano de Microcrédito.

A costureira Marli Mendes Ferreira, deixava de pegar muitos trabalhos, pois ela só possuía uma máquina de costura e a mesma não fazia certos tipos de peças. Com o auxílio do Microcrédito, Marli adquiriu uma nova máquina e até contratou uma funcionária. "Esse projeto é uma benção! Agora, além de eu aumentar a minha renda porque o serviço aumentou, também pude dar oportunidade à outra pessoa". Marli afirma entusiasmada que o melhor deste projeto é a valorização dos trabalhadores. "Quem diria que uma simples costureira como eu poderia estar gerando emprego aqui na minha cidade".

Segundo o tapeceiro Francisco Machado, o projeto veio para ajudar aquele cidadão que se sentia menosprezado ao enfrentar os gerentes de banco. "No banco é uma enrolação porque eles sempre querem avalista, querem comprovação de renda, querem tudo. Com o Microcrédito foi diferente, foi rápido, sem frescura". De acordo com o tapeceiro, essa iniciativa mostra o respeito do Governo do Estado para com o cidadão.

Entre as principais atividades financiadas pelo Microcrédito estão salgadeira, sacoleira, costureira, artesanato, cabeleireira, bicicletaria, aviário e marcenaria. Através do Microcrédito é possível financiar máquinas, equipamentos, ferramentas, móveis/utensílios (novos e usados), matéria-prima, mercadorias para revendas, bens de produção e também há a possibilidade de obter recursos para capital de giro.

Atualmente o Microcrédito atua nos municípios de Alto Paraguai, Arenápolis, Barra do Bugres, Denise, Diamantino, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Olímpia, Porto Estrela e Santo Afonso, mas o bom resultado alcançado pelo projeto estimulou o Governo do Estado a estender a atuação em todo o território estadual.

"Assim como muitas pessoas estão sendo beneficiadas aqui na nossa região, tenho certeza que muitas outras estão aguardando esperançosas pela expansão desse projeto em outras cidades e tenho certeza que o governador e sua mulher saberão olhar por aqueles que precisam como estão fazendo até agora", disse o chaveiro José Manoel Felizardo.

INCLUSÃO SOCIAL - O Microcrédito praticado pelo Governo do Estado difere dos outros no que diz respeito à cobrança de juros na tomada dos empréstimos. No projeto do Governo de Mato Grosso a pessoa só pega juros se atrasar o pagamento das parcelas.

"Os juros zeros são uma forma de bonificar aqueles bons pagadores, que pagam em dia. E isso está sendo praticado dentro do que a Lei de Responsabilidade Fiscal permite", destacou a secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi. E em caso de inadimplência será cobrada multa de 2% sobre o valor vencido.

Para ter acesso ao Microcrédito, o interessado deve procurar um dos postos de atendimentos do projeto e efetuar o preenchimento de uma ficha de inscrição. A partir daí o cadastro da pessoa será analisado e, se aprovado, ela será convidada pelo Agente de Crédito a participar de um curso de capacitação gerencial, onde serão ministrados conceitos primordiais para ser um empreendedor, evitando assim que o recurso financiado seja aplicado de forma errada.

Após o final do curso, a proposta do interessado é enviada à instituição financeira para emissão do contrato e boleto de cobrança das parcelas. Formalizada esta parte, o dinheiro é repassado diretamente ao fornecedor do material, sem passar pelo tomador do empréstimo.

O interessado pode financiar até R$ 1 mil e a garantia do empréstimo é o próprio bem financiado ou, no caso da pessoa ser casada, o avalista pode ser a mulher ou o esposo, o que se chama de aval cruzado ou solidário.