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Tecnologia
Quarta - 10 de Novembro de 2004 às 20:24

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As empresas de Internet começaram a mudar a maneira pela qual o e-mail funciona a fim de evitarem o spam, mas ontem especialistas entraram em confronto quanto à tecnologia empregada para o bloqueio de mensagens indesejadas e para determinar se ela deveria ser controlada por uma empresa.

Em reunião presidida pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), defensores da tecnologia de fonte aberta questionaram a possível incorporação de um padrão patenteado pela Microsoft à base tecnológica da Internet, dominada há muito por software gratuito e de fonte aberta.

Outros alegam que não se importam com o padrão empregado, desde que ele possibilite colocar em destaque os e-mails legítimos, em meio a um mar de mensagens comerciais não-solicitadas (spam).

"Queremos garantir que o nosso pessoal tenha a capacidade de se comunicar com seus clientes, ponto", disse Louis Mastria, porta-voz da Direct Marketing Association, representante de cinco mil empresas que utilizam o e-mail para fins de divulgação comercial.

Os remetentes de spam e de mensagens enganosas conhecidas como "phishing", que permitem roubo de dados pessoais, geralmente usam endereços falsos para escapar de filtros de conteúdo. Representantes da Microsoft estimaram que 81% de todos os e-mails que chegam ao sistema Hotmail sejam falsos.

A Microsoft e empresas como a Cisco e o Yahoo desenvolveram métodos diferentes para verificar se uma mensagem vinda de, por exemplo, teste@exemplo.com, na verdade provém dos servidores de exemplo.com.

Empresas que prestam serviços de e-mail como a America Online e EarthLink começaram a testar as tecnologias, que funcionam sem que os usuários comuns percebam sua presença.

As abordagens do Yahoo e da Cisco são mais complicadas tecnicamente e demorariam mais para serem implementadas.

A Microsoft queria combinar sua proposta com outro padrão popular desenvolvido por Meng Wong, mas surgiram cisões em setembro quando os defensores de softwares de fonte aberta disseram que estavam relutantes em usar tecnologia patenteada pela Microsoft, mesmo que a empresa tenha afirmado que não cobraria pelo seu uso.




Fonte: Reuters

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