MP oferece mais uma denúncia contra quadrilha de João Arcanjo Ribeiro

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ofereceu hoje uma nova denúncia contra João Arcanjo Ribeiro, Hércules de Araújo Agostinho, Célio Alves de Souza e João Leite. Os quatro são acusados de triplo homicídio contra as vítimas Leandro Gomes dos Santos, Celso Borges e Mauro Celso Ventura de Moraes.

De acordo com a denúncia, as vítimas eram adolescentes e residiam nas proximidades da Avenida dos Trabalhadores. O motivo dos crimes, segundo o MP, foi uma espécie de vingança, já que os adolescentes teriam furtado cerca de R$ 500,00 de uma das bancas de jogo do bicho de propriedade de João Arcanjo Ribeiro.

"O denunciado João Arcanjo Ribeiro não poderia aceitar que suas bancas de jogo fossem alvos de assaltos pois certamente isso prejudicaria o bom andamento de seus "negócios" e, mais, para dar exemplo resolveu determinar a seus pistoleiros de aluguel que executassem os três adolescentes responsáveis pelo assalto", escreveu o MP, em um trecho da denúncia.

Os homicídios, conforme o Ministério Público, aconteceram no dia 15 de maio de 2001. Os adolescentes foram assassinados nas imediações do bairro São Mateus, em Várzea Grande. Eles teriam sido levados para o local pelos denunciados Célio Alves de Souza, Hércules de Araújo e João Leite.

"Vale ressaltar que em momento algum as vítimas tiveram qualquer chance de se defender, pois foram presas por pessoas armadas, algemadas e levadas até local ermo e sem qualquer possibilidade de pedirem socorro", acrescentou o Ministério Público.

Os corpos dos adolescentes foram encontrados por garimpeiros da região, alguns dias após os crimes. Na denúncia, o MP destaca que os denunciandos receberiam como recompensa pelos assassinados uma quantia de R$ 15 mil. O valor combinado acabou não sendo pago integralmente, já que uma das vítimas teria morrido por engano. "Tal fato foi alegado pelo denunciando João Arcanjo para pagar somente parte do valor combinado".

Além da denúncia, o MP também requereu a prisão preventiva contra João Arcanjo Ribeiro, Célio Alves de Souza, João Leite e Hércules de Araújo Agostinho. A denúncia e o pedido de prisão foram assinados pelos Promotores de Justiça que atuam no Gaeco, Mauro Zaque de Jesus e Elizamara Sigles Vodonós, e pelo Promotor de Justiça que atua na área criminal em Várzea Grande, Mauro Benedito Pouso Curvo.