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Economia
Terça - 09 de Novembro de 2004 às 16:19

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O estreitamento das relações entre Brasil e China, que deverá ocorrer a partir da visita do presidente chinês Hu Jintao ao país, no período de 11 a 23 deste mês, trará reflexos positivos sobre o comércio exterior brasileiro, acredita o economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro.

Ribeiro afirmou que, no curto prazo, a China pode ser vista como um mercado potencial para os produtos brasileiros e não como um concorrente, uma vez que os produtos exportados pelos dois países não são similares. Daí a concorrência que existe em mercados ser relativamente pequena. Há competição, mas em segmentos restritos, como têxteis e calçados, informou.

Em contrapartida, a China é um mercado excepcional, que tem crescido muito, disse ele. De acordo com informação da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, o PIB chinês tem evoluído em torno de 9,2% ao ano. Prova disso é o incremento registrado pelas exportações brasileiras para aquele país, do mesmo modo que as importações feitas da China, explicou.

Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que os embarques efetuados pelo Brasil para o mercado chinês cresceram 28,67% até setembro deste ano, enquanto as importações subiram 73,83%. No ano passado, os números do ministério indicaram elevação de 79,83% nas exportações brasileiras para a China e de 38,20% das importações provenientes daquele país.

Por isso, Fernando Ribeiro vê hoje a China muito mais como um parceiro comercial do Brasil no curto prazo, do que um concorrente. No futuro, porém, dependendo da evolução das pautas de exportação chinesa e brasileira, poderá vir a ocorrer uma competição mais acirrada, alertou.




Fonte: Agência Brasil

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