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Economia
Terça - 09 de Novembro de 2004 às 15:59

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A dois meses do fim de 2004, a balança comercial do agronegócio aponta para um novo recorde de exportação e saldo comercial positivo. Carnes, soja, açúcar, álcool, madeiras, lácteos e algodão elevaram as vendas externas do setor a US$ 33,055 bilhões entre janeiro e outubro deste ano. É o maior valor acumulado neste período desde 1989, superando, inclusive, o total de US$ 30,639 bilhões exportados em 2003. O desempenho é 29,5% superior aos US$ 25,524 bilhões registrados nos dez meses de 2003.

Segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Produção e Comercialização (SPC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as exportações do setor já somam US$ 38,1 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses – de novembro de 2003 a outubro de 2004. O resultado ficou 29% acima do registrado nos 12 meses anteriores. O saldo positivo do período soma US$ 33,326 bilhões.

O superávit comercial de janeiro a outubro, também um recorde histórico, atingiu US$ 29,030 bilhões, resultado 34,7% superior ao mesmo período de 2003. Os dados mostram que o agronegócio foi responsável por 41,8% das exportações globais do Brasil. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, estima ser possível alcançar um superávit comercial de US$ 33 bilhões para o agronegócio em 2004.

Nestes dez primeiros meses do ano, destacaram-se as exportações do complexo soja (+29,1%), carnes (+55,7%), madeiras (+48,4%), lácteos (+57,2%), café (29,1%), açúcar e álcool (+36,5%), borracha natural (+56,1%) e cereais, farinhas e preparações (+129%).

Outubro

A balança comercial fechou o mês de outubro com um saldo positivo de US$ 2,777 bilhões – 2,1% acima de outubro de 2003. O resultado é recorde histórico para os meses de outubro. Complexo soja e cereais apresentaram retração. Carnes, madeiras, café, açúcar, algodão, fumo e tabaco mantiveram a boa performance. O complexo soja gerou US$ 570 milhões em divisas, 36% menos que em 2003. Segundo a SPC, pressionado pelas estimativas de safra recorde nos Estados Unidos e América do Sul, o quarto trimestre de 2004 deve ser marcado pela queda dos preços internacionais e a redução da demanda externa e da margem de lucro das indústrias do setor. Por isso, o país vendeu menos para a União Européia (-15,4%). Ainda assim, o Brasil deve exportar US$ 10,1 bilhões em soja, 25% mais que em 2003. As vendas de cereais caíram em razão de uma menor exportação de milho, concentrada no primeiro semestre. Nestes dez meses, foram embarcadas 4,7 milhões de toneladas de milho, 59,6% acima de 2003.

As exportações de carnes seguiram em alta em razão da firme demanda mundial e a ocorrência de problemas sanitários em importantes produtores e exportadores. As vendas alcançaram US$ 501,1 milhões, um resultado 30% superior aos US$ 384,4 milhões de 2003. No ano, as vendas do complexo carnes já somam US$ 4,561 bilhões (+55,7%).

A Secretaria de Produção e Comercialização destaca o aumento das exportações de carne bovina in natura (+35%) e industrializada (32%), frango in natura (+39,4%) e industrializada (110%) e suínos (+19,3%) em setembro.

Houve crescimento das exportações para todos os continentes e blocos econômicos. O Brasil vendeu mais para Ásia (+9,6%); Nafta, à exceção do México, (+17,4%); África (+27,9); Europa Oriental (+16,8%); e Mercosul (+6,5%). Em termos de países de destino, registre-se o crescimento nas exportações para os Estados Unidos (+20,5%) e Japão (+25,7%).




Fonte: RMT online

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