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Sem-terra mostra produção na Assembléia
O MST de Mato Grosso entregou uma cesta de alimentos produzidos em assentamentos aos deputados da AL pedindo apoio à causa.
Representantes do Movimento dos Sem-Terra de Mato Grosso estiveram hoje (09) de manhã em frente à Assembléia Legislativa para pedir apoio dos deputados na luta pela Reforma Agrária. Em um ato simbólico, eles entregaram aos parlamentares uma cesta com produtos como arroz, feijão, milho, mandioca, mamão e outros, produzidos em assentamentos.
A idéia foi mostrar que os assentamentos são viáveis e produzem o básico para a alimentação da população em geral. Estiveram em frente ao prédio do Palácio Filinto Muller, recebendo os sem-terra, os deputados Silval Barbosa e Zé Carlos do Pátio (PMDB), Vera Araújo (PT) e J. Barreto (PL).
A cesta com os alimentos, por sugestão da deputada Verinha, foi levada para o Plenário Oscar Soares e lá vai ficar durante a sessão vespertina de hoje, que começa a partir das 17 horas. Segundo a deputada, desta forma todos os parlamentares poderão conhecer a produção dos assentamentos. Depois, os alimentos serão distribuídos entre os servidores da Casa, para que possam divulgar a outras pessoas o trabalho desenvolvido pelos sem-terra.
Conforme o coordenador do movimento, Mizael Barreto, começou hoje em todo o país a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Em Mato Grosso, além da entrega da cesta aos deputados, fez parte das atividades inseridas na Jornada a distribuição de alimentos na Praça da República, no centro de Cuiabá. Os alimentos, produzidos nos assentamentos, foram distribuídos para quem passava pela praça hoje de manhã, antes dos sem-terra se encaminharem para a Assembléia.
Os sem-terra reivindicam agilidade no assentamento de 115 mil famílias no Brasil e recursos para assistência técnica aos assentados. Em Mato Grosso são 7 mil famílias esperando por assentamento. A meta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Estado é assentar 13 mil famílias este ano. Mas até agora nenhuma foi assentada, de acordo com Mizael Barreto. “É preciso mais recursos se não o governo federal não vai conseguir atingir sua meta de assentamento”, frisou.
A entrega da cesta de alimentos aos deputados na Assembléia Legislativa, conforme o coordenador do movimento, foi também uma forma de protesto a declarações do deputado Zeca D’Ávila, que disse “nunca ter comido uma abobrinha produzida por sem-terra”. “Nós produzimos mais que abobrinha e a prova está aí nessa cesta. Nós queremos mostrar também que os assentamentos são viáveis e essenciais para resolver o problema da fome no país. O agronegócio, que o governo tanto defende, não resolve o problema da sociedade brasileira. A soja, o algodão e o milho produzidos em larga escala não nos alimentam”, protestou Mizael Barreto.
Deputados - O deputado Silval Barbosa, atual primeiro-secretário e presidente eleito da Assembléia, garantiu aos sem-terra que a Casa vai funcionar como intermediária na questão, dando apoio ao movimento da forma que for possível, sem agredir o interesse de outros setores. Como exemplo ele citou a necessidade de regularização de terras no nortão. A região tem um grande volume de terras públicas que podem ser utilizadas na reforma agrária e há alguns proprietários dispostos a ceder parte de suas terras para a causa, mas pedem também a regularização fundiária. Barbosa parabenizou os sem-terra, disse que o movimento é bem organizado e que a cesta entregue aos deputados é o símbolo do trabalho dos assentados.
O liberal J. Barreto também parabenizou os sem-terra e ressaltou a importância do movimento. Para ele, o governo precisa fazer com que os recursos cheguem aos assentados. O deputado Zé Carlos do Pátio também salientou a necessidade de mais recursos para a Secretaria de Agricultura, a desburocratização de recursos do Banco do Brasil e mais infra-estrutura para o pequeno produtor.
A petista Vera Araújo lembrou que milhares de pessoas ainda esperam por assentamento, precisando de apoio. Ela garantiu que apoiará os sem-terra na luta pela terra e frisou que a cesta entregue na Assembléia hoje é uma prova e uma resposta àqueles que criticam os assentamentos, dizendo que eles não produzem.
Representantes do Movimento dos Sem-Terra de Mato Grosso estiveram hoje (09) de manhã em frente à Assembléia Legislativa para pedir apoio dos deputados na luta pela Reforma Agrária. Em um ato simbólico, eles entregaram aos parlamentares uma cesta com produtos como arroz, feijão, milho, mandioca, mamão e outros, produzidos em assentamentos.
A idéia foi mostrar que os assentamentos são viáveis e produzem o básico para a alimentação da população em geral. Estiveram em frente ao prédio do Palácio Filinto Muller, recebendo os sem-terra, os deputados Silval Barbosa e Zé Carlos do Pátio (PMDB), Vera Araújo (PT) e J. Barreto (PL).
A cesta com os alimentos, por sugestão da deputada Verinha, foi levada para o Plenário Oscar Soares e lá vai ficar durante a sessão vespertina de hoje, que começa a partir das 17 horas. Segundo a deputada, desta forma todos os parlamentares poderão conhecer a produção dos assentamentos. Depois, os alimentos serão distribuídos entre os servidores da Casa, para que possam divulgar a outras pessoas o trabalho desenvolvido pelos sem-terra.
Conforme o coordenador do movimento, Mizael Barreto, começou hoje em todo o país a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Em Mato Grosso, além da entrega da cesta aos deputados, fez parte das atividades inseridas na Jornada a distribuição de alimentos na Praça da República, no centro de Cuiabá. Os alimentos, produzidos nos assentamentos, foram distribuídos para quem passava pela praça hoje de manhã, antes dos sem-terra se encaminharem para a Assembléia.
Os sem-terra reivindicam agilidade no assentamento de 115 mil famílias no Brasil e recursos para assistência técnica aos assentados. Em Mato Grosso são 7 mil famílias esperando por assentamento. A meta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Estado é assentar 13 mil famílias este ano. Mas até agora nenhuma foi assentada, de acordo com Mizael Barreto. “É preciso mais recursos se não o governo federal não vai conseguir atingir sua meta de assentamento”, frisou.
A entrega da cesta de alimentos aos deputados na Assembléia Legislativa, conforme o coordenador do movimento, foi também uma forma de protesto a declarações do deputado Zeca D’Ávila, que disse “nunca ter comido uma abobrinha produzida por sem-terra”. “Nós produzimos mais que abobrinha e a prova está aí nessa cesta. Nós queremos mostrar também que os assentamentos são viáveis e essenciais para resolver o problema da fome no país. O agronegócio, que o governo tanto defende, não resolve o problema da sociedade brasileira. A soja, o algodão e o milho produzidos em larga escala não nos alimentam”, protestou Mizael Barreto.
Deputados - O deputado Silval Barbosa, atual primeiro-secretário e presidente eleito da Assembléia, garantiu aos sem-terra que a Casa vai funcionar como intermediária na questão, dando apoio ao movimento da forma que for possível, sem agredir o interesse de outros setores. Como exemplo ele citou a necessidade de regularização de terras no nortão. A região tem um grande volume de terras públicas que podem ser utilizadas na reforma agrária e há alguns proprietários dispostos a ceder parte de suas terras para a causa, mas pedem também a regularização fundiária. Barbosa parabenizou os sem-terra, disse que o movimento é bem organizado e que a cesta entregue aos deputados é o símbolo do trabalho dos assentados.
O liberal J. Barreto também parabenizou os sem-terra e ressaltou a importância do movimento. Para ele, o governo precisa fazer com que os recursos cheguem aos assentados. O deputado Zé Carlos do Pátio também salientou a necessidade de mais recursos para a Secretaria de Agricultura, a desburocratização de recursos do Banco do Brasil e mais infra-estrutura para o pequeno produtor.
A petista Vera Araújo lembrou que milhares de pessoas ainda esperam por assentamento, precisando de apoio. Ela garantiu que apoiará os sem-terra na luta pela terra e frisou que a cesta entregue na Assembléia hoje é uma prova e uma resposta àqueles que criticam os assentamentos, dizendo que eles não produzem.
Fonte:
AL
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/368131/visualizar/
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