Carceireiro envolvido com quadrilha que roubaria malote de banco em Juara

As Polícias Militar e Civil prenderam, sábado de madrugada, na Fazenda Patuvi, município de Tabaporã (180 km de Sinop) uma quadrilha com mais de seis elementos fortemente armados, que segundo informações do Polícia Militar, pretendia assaltar o avião que transporta o malote do Banco do Brasil de Juara e vinha invadindo fazendas na região. O carceireiro da cadeia de Juara, Francisco Gomes, fazia parte da quadrilha formada por Elenilson Pereira dos Santos, de 35 anos, Antonio Fonseca Nantes Junior, 23 (Filho do Toninho da Baiana), Deivid Júnior de Campos, 21, Marcos César Silva Costa, 23, e Edson Pereira da Silva, 32.

Eles tinham quatro armas e farta munição, sendo uma carabina calibre 44, uma carabina calibre 38 , uma espingarda calibre 12 , um revólver calibre 38, 25 cartuchos de 12 intactos, 07 munições de 44 intactas e uma deflagrada, 09 munições 38 intactas e uma deflagrada, 04 moto serras, uma rabeta, duas furadeira, diversas ferramentas, duas camisetas e dois coletes da Polícia Civil de Mato Grosso, que haviam sido furtados.

Os seis foram indiciados por esbulho possessório (grilagem de terras), incêndio criminoso, falsidade ideológica, formação de quadrilha e porte ilegal de arma. Estes dois últimos crimes foram que geraram as prisões em flagrante.

Segundo o major Roberson Dias Pereira, que comandou a operação juntamente com o Delegado Joaz Gonçalves da Silva, a Polícia Militar, juntamente com o Serviço de Inteligência do Banco do Brasil, vinha monitorando os assaltantes tentando evitar o assalto para também, evitar um confronto, que poderia ser sangrento, já que havia informações de que os bandidos estavam bem armados, inclusive com fuzil AR15 e a polícia como se sabe, não está tão bem municiada para enfrentar este tipo de situação.

A prisão da quadrilha acabou acontecendo antes do previsto, pois enquanto alguns dos seus membros preparavam a ação na fazenda, outros foram presos por outros delitos cometidos na cidade, na noite de sexta-feira, exatamente no momento em que o delegado tomava posse na delegacia de Juara e acabaram delatando onde se encontravam os comparsas. A partir daí foi desencadeada uma operação policial para prender os elementos.

O delegado, o major Roberson e vários policiais passaram a noite em diligencia e chegaram à Juara com o sucesso da operação, por volta das 11:00 da manhã de sábado.

A presença do carcereiro de Juara facilitava a ação dos bandidos, que possuíam indumentárias da Polícia Civil e se apresentavam como membros da corporação e depois praticavam o assalto, roubando objetos e até expulsando moradores de suas casas e se apossando de suas terras.

O Delegado de Juara, Joaz Gonçalves, disse que os crimes pelos quais os elementos foram presos são, formação de quadrilha, falsidade ideológica, assalto e roubo a mão armada e porte ilegal de arma.

Devido ao trabalho policial que vinha sendo feito as agencias bancarias da região já estavam tendo dificuldade em atender aos saques dos seus clientes por falta de dinheiro, pois o malote não estava vindo até Juara, exatamente para evitar o assalto.

No momento da abordagem os bandidos não ofereceram resistência a ordem de prisão, não houve confronto e ninguém saiu ferido.