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Cidades/Geral
Segunda - 08 de Novembro de 2004 às 10:50

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Diferente de anos anteriores, em 2004 o período de proibição de queimadas em Mato Grosso durou uma semana a mais do tempo previsto e ocorreu de 15 de julho a 22 de setembro. Os 7 dias a mais de prorrogação -graças a um termo aditivo assinado no dia 16 de setembro entre Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)- foi devido a baixa umidade relativa do ar e a grande quantidade de fumaça que ainda havia no ar já que as chuvas não tinham sido suficientes para apagar os focos de queimas.

Durante os 67 dias de proibição, Fema e Ibama trabalharam para evitar as queimas mas mesmo assim foram inevitáveis. Muitas áreas se acabaram nas chamas e os órgãos não perdoaram, principalmente o Ibama que intensificou a fiscalização, com apoio de 1 helicóptero, autuou e multou os que insistiram em driblar a legislação.

O relatório do que foi feito durante a proibição ainda não está pronto. A greve dos servidores que durou quase um mês atrapalhou os serviços dos técnicos que devem fazer o relatório e apresentar ao órgão em Brasília. “Como estavam todos em greve ninguém repassou nada. Agora que retornaram ao trabalho é que estão enviando os dados e, esta semana, acredito que estaremos com tudo pronto e divulgaremos o que foi aplicado em multa durante a proibição”, justificou o chefe de fiscalização, Sebastião Crisóstomo Barbosa.

No último balanço apresentado pelo órgão, depois do dia 15 de setembro, cerca de R$ 13 milhões haviam sido aplicados em multas só com queimadas irregulares. Sebastião acredita que durante o período proibitivo estes números cheguem a casa dos R$ 18 milhões.

Apesar da liberação o chefe de fiscalização assegurou que não significa o fim das multas. Com as poucas chuvas que vem caindo na região muitos estão aproveitando para queimar suas áreas mas a adoção só é válida para quem tem autorização. “Quem não estiver com autorização para queimar vamos multar com certeza, pois ele está irregular. Para queimar, mesmo em tempo liberado, é necessária a autorização”, destacou. Além da queima os fiscais também estão verificando desmatamentos, exploração e transporte de madeira, pesca -devido a piracema-, transporte de animais silvestres, entre outros crimes contra o meio ambiente.




Fonte: Só Notícias

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