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Internacional
Sexta - 05 de Novembro de 2004 às 16:39

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Sem notícias e com uma preocupação crescente pela situação dos reféns, transcorreu o oitavo dia do seqüestro de três funcionários da ONU em Cabul, disse à EFE uma fonte das Nações Unidas.

O último prazo fixado pelos seqüestradores para o cumprimento de suas exigências expirou hoje às 10:00 horas (03:30 de Brasília) sem que fosse difundida nenhuma informação sobre o estado dos três funcionários do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que colaboram com a Comissão Eleitoral afegã em Cabul.

O prolongamento do seqüestro fez com que as Nações Unidas temesse que a saúde da da britânico-irlandesa Annetta Flanigan, do albanês kosovar Shqipe Hebibi e do filipino Angelito Nayan possa se deteriorar, devido à tremenda pressão psicológica a que estão sendo submetidos.

Hoje, os meios de comunicação locais não difundiram novos prazos dos seqüestradores.

O grupo, composto por supostos membros do Jaish e Muslimin (Exército dos Muçulmanos), exige que as tropas estrangeiras deixem o território afegão, que a ONU cesse suas operações no país e que sejam libertados os presos talibãs e da Al Qaeda tanto no Afeganistão como na base americano de Guantánamo, em Cuba.

Embora os seqüestradores tenham insistido que pertencem a uma facção radical dos talibãs, tanto especialistas estrangeiros como do governo afegão duvidam disso e assinalam eles que podem ser bandidos que estão trabalhando à serviço de algum caudilho que quer manter seu poder no próximo governo que deverá ser formado em um mês pelo presidente Hamid Karzai.

Em entrevista coletiva, o porta-voz da UNAMA, Manoel de Almeida e Silva, ressaltou esta semana que "cada vez estamos mais preocupados com a saúde dos reféns, dadas as duras condições do país".

O porta-voz acrescentou que "a pressão psicológica que estão sofrendo deve ser tremenda, por não saberem o que ocorrerá, por estarem longe de seus amigos e de suas famílias".

Almeida reiterou seu pedido aos seqüestradores para que libertem os reféns imediatamente.

A vitória de Karzai, proclamado primeiro presidente eleito por sufrágio universal na história do Afeganistão na quarta-feira, viu-se denegrida por este seqüestro, o primeiro a ser registrado no país desde a queda do regime talibã, há três anos.




Fonte: EFE

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