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Sexta - 05 de Novembro de 2004 às 14:22

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Mato Grosso dispõe de R$ 386 milhões para contratação de financiamentos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). Destes, 50% são destinados a área empresarial e outros 50% à rural. Porém, até setembro deste ano, apenas 30,4% do montante na modalidade FCO empresarial haviam sido contratados junto ao Banco do Brasil, conforme dados da assessoria técnica da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Sicme). Nesta sexta-feira (05.11) a Secretaria promoveu um workshop em Cuiabá com analistas do Banco do Brasil de Brasília, afim de esclarecer as principais dúvidas e informações na elaboração de projetos de financiamentos do FCO e ampliar as contratações.

"Nossa intenção com esse evento é dar mais celeridade aos processos de aprovação dos financiamentos, buscando informações para que os empresários possam detectar onde estão as deficiências e fazer o encaminhamento correto das propostas, atendendo às exigências do banco", assegurou Furlan.

Mato Grosso recebe 29% de repasse do FCO, de um montante de cerca de R$ 1 bi. Os R$ 55 milhões do fundo liberados ao Estado até setembro deste ano foram para financiamento de projetos industriais, comerciais, de serviços e infra-estrutura. De acordo com a assessoria técnica da Sicme, entre as maiores dificuldades para a aprovação dos projetos estão a garantia solicitada pelo banco, a contra-partida que deve ser investida no empreendimento e a indefinição de mercado. Conforme a assessoria, as maiores contratações estão ainda na área rural, que conta com 50% de recursos do FCO, pois há um mercado definido e melhor garantia de produtividade.

Participaram do workshop projetistas e empresários de doze Municípios do Interior, além de Cuiabá e Várzea Grande, que viram na iniciativa da secretaria mais um passo positivo para a ampliar os empreendimentos no setor empresarial em no Estado. O consultor Baltazar Ulrich aponta como um dos empecilhos para maior aprovação das propostas o desconhecimento da realidade econômica de Mato Grosso por parte dos analistas do banco. "O Estado tem uma demanda imensa por estrutura na área do agronegócio. Hoje há uma falta de 60% de armazéns e silos e essa necessidade há como ser sanada com novos empreendimentos no setor", avalia.

A técnica da superintendência do Banco do Brasil em Mato Grosso, Mary Barros, enumera o número de informações - muitas vezes desnecessárias - e falta de clareza na análise de mercado como um dos pontos que atrasam a liberação dos projetos. "A demanda está bastante pulverizada em todos os setores empresariais, mas o Estado ainda tem poucos projetos em uma área que tem um potencial enorme, que é o turismo, com propostas ainda tímidas", analisa.

De acordo com a assessoria técnica, a demanda por recursos do FCO Empresarial existe, e atualmente está em cerca de R$ 340 milhões, quase o dobro dos recursos disponíveis. Do montante total do FCO Empresarial, 51% é destinado aos pequenos e micro produtores. Para a assessoria, o volume de recursos para as médias e grandes empresas deve ser incrementado em 2005 com repasse de R$ 1 bilhão do FAT Integrar, já aprovado por meio de medida provisória neste ano, no qual Mato Grosso receberá 29% do valor. O recurso, explica um assessor da Sicme, servirá para atender a demanda de projetos empresariais que há no Estado na área de agronegócio.




Fonte: Secom-MT

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