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Saúde
Sexta - 05 de Novembro de 2004 às 07:19

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A gigante farmacêutica norte-americana Merck deveria ter retirado seu analgésico Vioxx do mercado há quatro anos devido a dados que indicavam que o medicamento aumenta o risco de ataques cardíacos desde 2000. A informação foi divulgada na sexta-feira (horário local) por cientistas suíços.

Em um relatório para o jornal médico britânico The Lancet, pesquisadores da Universidade de Berna disseram que existiam evidências substanciais dos efeitos danosos da droga no final de 2000, mas esses dados não foram analisados de maneira apropriada.

A Merck só retirou a droga, usada por cerca de 20 milhões de norte-americanos, do mercado há cerca de cinco semanas.

"A empresa poderia e deveria ter feito o comunicado há vários anos atrás, quando os dados que analisamos estivessem disponíveis", disse Mathias Egger, professor do departamento de Medicina Social e Preventiva da universidade em entrevista coletiva.

Em comunicado, a companhia disse que "estava vigilante na monitoração e na descoberta da segurança cardiovascular do Vioxx e nós absolutamente discordamos de qualquer implicação em contrário". A Merck também disse discordar com a conclusão de que o remédio deveria ter sido retirado de circulação há vários anos.

A Merck rebateu afirmando que os dados contido na análise suíça não são novos e estão essencialmente consistentes com as análises combinadas dos testes clínicos que a empresa publicou anteriormente.

A pesquisa suíça vem depois de uma série de informações divulgadas por jornais no início dessa semana que afirmam que a Merck tentou combater as crescentes preocupações em torno da segurança do Vioxx para evitar prejudicar suas vendas.

A norte-americana Food and Drug Administration publicou recentemente um estudo que estima que o Vioxx pode ter causado cerca de 28 mil ataques cardíacos ou mortes desde que foi aprovado para comercialização em 1999.




Fonte: Reuters

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