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Sucessão Emirados Árabes mantém crise
A sucessão à presidência dos Emirados Árabes Unidos depois da morte do emir Zayed Ben Sultan Al Nahyane será tranqüila, mas a rivalidade dentro do clã deve continuar e também entre o grupo no poder em Abu Dhabi e na família Al-Maktum, que reina em Dubai.
O sucessor do xeque Zayed, que morreu ontem aos 90 anos, será designado pelo Supremo Conselho Federal, órgão administrativo dos Emirados, que reúne os soberanos dos sete integrantes da Federação: Abu Dhabi, Dubai, Sharya, Achman, Fuchaira, Ras Al Jaima e Um al Qaiwain.
Até agora, esta instância funcionou sob a autoridade política e moral do xeque Zayed, artífice da federação e "pai da Nação". O primogênito dos 19 filhos do emir, o xeque Khalifa Ben Zayed al Nahyane, deve suceder o pai como presidente dos Emirados Árabes Unidos.
Entretanto, o xeque Khalifa, 56 anos, também tem uma saúde delicada e terá que contar com o seu meio-irmão, o xeque Mohamad, filho mais velho da esposa favorita do emir Zayed -a poderosa Fátima-, avaliam meios diplomáticos. O xeque Mohamad, que foi elevado em novembro de 2003 ao patamar de vice-príncipe herdeiro de Abu Dhabi, é desde terça-feira à noite o novo príncipe herdeiro do emirado.
Mohamad, chefe do Estado-Maior das forças armadas e mais ocidentalizado que Khalifa, tornou-se o principal interlocutor do estado com o exterior, principalmente no ocidente. Mesmo que não tenha declarado abertamente sua intenção de suceder o pai, aparece como o homem forte do emirado e da federação, segundo os diplomatas.
"Na forma, a sucessão se fará respeitando a tradição: o xeque Khalifa sucederá seu pai", declarou um diplomata íntimo das monarquias petroleiras do Golfo. Entretanto, de fato a sucessão se fará com um regente doente e impotente e um príncipe herdeiro segurando as rédeas da nação, acrescentou. A realidade de Abu Dabhi é similar à da maioria das monarquias do Golfo: monarcas idosos e doentes, que salvo algum golpe como os vários registrados no século XX, serão substituídos por meio-irmãos, filhos ou parentes próximos.
Falta agora acompanhar as ambições de segundo filho do emir, o xeque Sultan Ben Zayed al Nahyane, um pouco marginalizado depois da nomeação de Mohamad como vice-príncipe herdeiro, segundo os diplomatas. Os problemas também podem vir do vizinho Dubai, o segundo emirado mais rico da federação, onde a dinastia Al-Maktum pode pesar na futura distribuição do poder federal, acrescentaram as mesmas fontes.
O governador de Dubai, o xeque Maktum Ben Rached al Maktum, é vice-presidente e primeiro-ministro da Federação, ainda que por enquanto pareça mais preocupado com cavalos, sua grande paixão, do que com a política. "A riqueza petroleira de Abu Dhabi dará a este emirado o direito de garantir a presidência dos Emirados, já que a de Dubai, baseada nos serviços, é aleatória", afirmou um diplomata.
Abu Dhabi fornece cerca de 90% da produção de petróleo do emirado, de 2,4 milhões de barris diários, o que o torna o quarto produtor mundial. Em compensação, a mudança cúpula do Estado era prevista devido ao delicado estado de saúde do emir e não deve ter um impacto significativo sobre os preços do petróleo, garantem os analistas.
O sucessor do xeque Zayed, que morreu ontem aos 90 anos, será designado pelo Supremo Conselho Federal, órgão administrativo dos Emirados, que reúne os soberanos dos sete integrantes da Federação: Abu Dhabi, Dubai, Sharya, Achman, Fuchaira, Ras Al Jaima e Um al Qaiwain.
Até agora, esta instância funcionou sob a autoridade política e moral do xeque Zayed, artífice da federação e "pai da Nação". O primogênito dos 19 filhos do emir, o xeque Khalifa Ben Zayed al Nahyane, deve suceder o pai como presidente dos Emirados Árabes Unidos.
Entretanto, o xeque Khalifa, 56 anos, também tem uma saúde delicada e terá que contar com o seu meio-irmão, o xeque Mohamad, filho mais velho da esposa favorita do emir Zayed -a poderosa Fátima-, avaliam meios diplomáticos. O xeque Mohamad, que foi elevado em novembro de 2003 ao patamar de vice-príncipe herdeiro de Abu Dhabi, é desde terça-feira à noite o novo príncipe herdeiro do emirado.
Mohamad, chefe do Estado-Maior das forças armadas e mais ocidentalizado que Khalifa, tornou-se o principal interlocutor do estado com o exterior, principalmente no ocidente. Mesmo que não tenha declarado abertamente sua intenção de suceder o pai, aparece como o homem forte do emirado e da federação, segundo os diplomatas.
"Na forma, a sucessão se fará respeitando a tradição: o xeque Khalifa sucederá seu pai", declarou um diplomata íntimo das monarquias petroleiras do Golfo. Entretanto, de fato a sucessão se fará com um regente doente e impotente e um príncipe herdeiro segurando as rédeas da nação, acrescentou. A realidade de Abu Dabhi é similar à da maioria das monarquias do Golfo: monarcas idosos e doentes, que salvo algum golpe como os vários registrados no século XX, serão substituídos por meio-irmãos, filhos ou parentes próximos.
Falta agora acompanhar as ambições de segundo filho do emir, o xeque Sultan Ben Zayed al Nahyane, um pouco marginalizado depois da nomeação de Mohamad como vice-príncipe herdeiro, segundo os diplomatas. Os problemas também podem vir do vizinho Dubai, o segundo emirado mais rico da federação, onde a dinastia Al-Maktum pode pesar na futura distribuição do poder federal, acrescentaram as mesmas fontes.
O governador de Dubai, o xeque Maktum Ben Rached al Maktum, é vice-presidente e primeiro-ministro da Federação, ainda que por enquanto pareça mais preocupado com cavalos, sua grande paixão, do que com a política. "A riqueza petroleira de Abu Dhabi dará a este emirado o direito de garantir a presidência dos Emirados, já que a de Dubai, baseada nos serviços, é aleatória", afirmou um diplomata.
Abu Dhabi fornece cerca de 90% da produção de petróleo do emirado, de 2,4 milhões de barris diários, o que o torna o quarto produtor mundial. Em compensação, a mudança cúpula do Estado era prevista devido ao delicado estado de saúde do emir e não deve ter um impacto significativo sobre os preços do petróleo, garantem os analistas.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/368327/visualizar/
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