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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 02 de Novembro de 2004 às 12:28

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O jornal americano New York Times diz que a eleição presidencial desta terça-feira deve ter um comparecimento recorde. Segundo analistas ouvidos pelo jornal, um total de 121 milhões de americanos deve ir às urnas, superando o recorde registrado na última eleição, que foi de 106 milhões de eleitores.

O New York Times atribui esse recorde aos esforços de "exércitos de voluntários" em estados-chave que estão "batendo de porta em porta, fazendo telefonemas, aborrotando caixas de correio".

O jornal cita iniciativas menos ortodoxas para atrair eleitores, como ofertas de um dia de creche gratuito para que pais possam ir às urnas, condução aos postos eleitorais para votantes idosos ou portadores de deficiências físicas e até ofertas de camisetas, biscoitos, roupas de baixo e acesso a piscinas públicas.

Kerry e Wall Street

O diário britânico The Independent diz que o mercado de ações americano indicou que John Kerry deve ser o próximo presidente dos Estados Unidos.

O jornal cita um estudo feito pelo Almanaque do Acionista, em Wall Street. Segundo o documento, o partido que está no poder tende a perder a presidência quando o índice Dow Jones cai mais que 0,5% no mês que antecede a eleição.

Em outubro, o índice alcançou a queda de 0,52%. Segundo o editor do almanaque, esse "índice" vem acertando o resultado da eleição presidencial há cem anos.

Posição

O jornal francês Libération estampa em sua capa uma foto de George W. Bush com a manchete "O Homem a Ser Derrotado". Em editorial, o diário afirma que o histórico do presidente Bush "vai do questionável ao desastroso". Mas o jornal frisa que Kerry "não despertou entusiasmo e que, se vencer, deverá sua conquista ao fator 'qualquer um menos Bush'".

Um colunista de outro diário francês, o L'Express, argumenta que o resultado eleitoral é irrelevante para a Europa. "Seja quem for eleito presidente, a política externa em relação a Iraque, Irã, Coréia do Norte e Europa será a mesma".

O jornal russo Rossiyskaya Gazeta analisa o motivo de muitos russos terem simpatia pelo presidente Bush. O jornal afirma que o líder americano "interfere menos em nossa política interna e nos dá menos sermões sobre democracia e direitos humanos. E receber sermões é algo que realmente irrita os russos".

O jornal espanhol ABC diz que como os Estados Unidos são a única superpotência mundial a "polarização interna" vivida pelo país "cruzou suas fronteiras e se tornou um fenômeno político global".

Israel e Oriente Médio

O diário israelense Haaretz afirma que seja quem for o vencedor da eleição nos Estados Unidos, pouca coisa irá mudar para o premiê israelense, Ariel Sharon.

De acordo com o jornal, ambos os candidatos adotaram uma posição "mais ou menos uniforme em relação a Israel durante suas campanhas".

Segundo o diário, se Bush for eleito poderá pressionar Israel em relação à retirada dos territórios palestinos e limitar a construção de assentamentos. O jornal afirma que Kerry na Presidência pode enviar um representante ao Oriente Médio para tentar fazer renascer o processo de paz, "após quatro anos de paralisia".

O jornal libanês Dar Al-Hayat destaca a presença de dois "forasteiros" na eleição americana: o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, e Osama Bin Laden, o líder da al-Qaeda.

Segundo o jornal, Berlusconi apoiou publicamente Bush e Bin Laden deixou claro em um vídeo divulgado na semana passada sua "animosidade" com o presidente americano. Mas o diário destaca que a posição de Bin Laden "evidentemente atraiu muito mais atenção e dominou o noticário".




Fonte: BBC Brasil

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