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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 01 de Novembro de 2004 às 10:49

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A Procuradoria russa pediu hoje, segunda-feira, mais três meses de prisão preventiva para o fundador da companhia petrolífera Yukos, Mikhail Khodorkovski, alegando que, se sair da prisão, o empresário poderá deixar o país.

Caso a ação interposta no Tribunal de primeira instância de Moscou seja aceita, Khodorkovski permanecerá na prisão até 14 de fevereiro de 2005, informou a agência Interfax.

O procurador do Estado teme que o fundador da companhia petrolífera e homem mais rico da Rússia tente pressionar as testemunhas de acusação.

Khodorkovski, que enfrenta 10 anos de prisão por evasão de impostos, falsificação de documentos públicos e furto, deveria deixar a prisão no próximo dia 14.

O empresário também é acusado de se apropriar ilegalmente de 20% da empresa Apatit em 1994 e de criar empresas de fachada para evitar o pagamento de impostos.

A mãe de Khodorkovski, Marina, negou recentemente que o empresário tivesse ambições políticas e que tenha planejado deixar a Rússia, como fizeram outros empresários perseguidos pelo Kremlin: Vladímir Gusinski e Boris Berezovski. Ele vivem agora em Israel e Reino Unido, respectivamente.

A Yukos, ameaçada de quebra, já saldou sua dívida fiscal correspondente ao ano de 2000, de 3,413 milhões de dólares, informaram hoje fontes da companhia.

"A dívida de 2000 está saldada", disseram fontes da Yukos, companhia à qual o Estado russo também reivindica 14 bilhões de dólares em conceito de impostos pelos anos de 2001, 2002 e 2003.

O Serviço Federal de Impostos da Rússia descongelou na semana passada as contas bancárias da companhia petrolífera para que esta pudesse pagar as dívidas de 2000.

As autoridades russas leiloarão antes do final do ano a Yuganskneftegaz, filial responsável por 62% da produção da Yukos em 2003, com o objetivo de saldar todas as dívidas da companhia com o Fisco.

Segundo a pesquida feita pela Fundação Opinião Pública, 47% dos russos apóiam a atuação do governo em relação à companhia petrolífera, enquanto somente 7% simpatizam com a posição de Khodorkovski e da Yukos.




Fonte: EFE

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