Júnior tem imagem arranhada no Flamengo

A crise que pode resultar na queda do técnico Ricardo Gomes e a real ameaça de rebaixamento são os mais recentes episódios de desgaste para Júnior no Flamengo. Ídolo como jogador, o diretor técnico vem lidando com fortes pressões.

O primeiro desafio foi a contratação do argentino Cristian Castillo, feita pela diretoria amadora, à revelia de Júnior. Na ocasião, o diretor teve o apoio do presidente Márcio Braga e vetou o argentino.

Fortalecido com o título estadual, Júnior voltou a sofrer pressões com a má campanha no Brasileiro e a perda da Copa do Brasil para o Santo André. Contratações que não sutiram efeito, como Reginaldo Araújo, Valentim, Juliano, Flávio, Negreiros, Marcelo e Whelliton, eram muito criticadas.

Os salários atrasados fizeram os jogadores se voltarem contra a diretoria. Júnior cobrou autonomia para o futebol e se pôs ao lado do time. Mas, aos poucos, se via pressionado, mas sutentado por Márcio.

Acusada de ter relação com os protestos da torcida que derrubaram Abel braga, a diretoria amadora se antecipou a Júnior para tentar contratar Péricles Chamusca e, depois, Paulo César Gusmão.

Em julho, o Fla-Futebol não conseguiu, com seu orçamento, contratar Dimba. O vice-geral, Artur Rocha, usou recursos não liberados para Júnior e fechou com o atacante, pagando R$1,5 milhão antecipadamente. Constrangido, Júnior recebeu o jogador, que virou pivô de problemas com o técnico Ricardo Gomes e o restante do elenco.