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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 31 de Outubro de 2004 às 05:24

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A família do refém japonês decapitado no Iraque ficou gravemente perturbada após receber a notícia, segundo informaram neste domingo as autoridades da localidade de Nogata, na região de Fukuoka.

Imediatamente após ser informado pelo ministro de Exteriores, Nobutaka Machimura, através de uma ligação telefônica, o pai da vítima, Masumi, de 54 anos, ficou imerso em um profundo estado de choque, incapaz de pronunciar qualquer palavra.

Sua irmã assumiu a tarefa de representar a família junto aos responsáveis do governo, segundo a agência Kyodo.

O chefe da diplomacia japonesa, Nobutaka Machimura, confirmou esta manhã que o corpo decapitado achado ontem em Bagdá era o de Shosei Koda, de 24 anos.

Machimura se recusou a dar detalhes sobre a forma como foi encontrado o cadáver para não ferir a sensibilidade de seus familiares, e informou que os restos serão transferidos a Tóquio, via Kuwait

"Sentimos muito todos os problemas que causamos. Desejamos que o povo iraquiano alcance a paz", afirmou o irmão da vítima, Maki, dois anos mais velho.

A família de Shosei Koda viveu um autêntico calvário desde a quinta-feira passada, quando os seqüestradores iraquianos difundiram um vídeo com o próprio Shosei implorando ao primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi que retirasse as tropas do Iraque em um prazo de 48 horas, pois, caso contrário, ele seria decapitado.

Koizumi se negou imediatamente a ceder aos terroristas e o prazo venceu na sexta-feira passada.

Desde então não se teve notícias sobre o refém, todas as informações eram confusas, e inclusive foram divulgados dois alarmes falsos. Em duas ocasiões soldados americanos afirmaram que tinham encontrado um cadáver com traços asiáticos e, em ambos os casos, descobriu-se que as vítimas eram iraquianas.

O prefeito de Nogata, Toshiaki Kono, afirmou em entrevista coletiva que "aconteceu o pior, apesar de nossas preces para que ele pudesse sobreviver".

"Não encontro palavras de consolação para os pais, diante do que devem estar sentindo. Como se explica que aconteça algo assim? Sinto um forte rancor pelo ocorrido", disse Toshiaki Kono, ao mesmo tempo que assegurou à família todo o apoio da cidade.

Shosei Koda, aparentemente um aventureiro que queria ver o que ocorre no Iraque, tinha entrado no país árabe no dia 21 de outubro provavelmente procedente da Jordânia. Segundo testemunhas, ele foi visto pela última vez na capital iraquiana no domingo passado, enquanto procurava um lugar para passar a noite, depois de não conseguir comprar uma passagem de ônibus para regressar a Amã, a capital jordaniana.




Fonte: Agência EFE

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