Extorsão na Alerj pode envolver presidente da CPI

A denúncia de extorsão contra o deputado André Luiz, que está sendo investigada pela CPI da Loterj da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), pode envolver o deputado Alessandro Calazans, presidente da Comissão, denuncia a revista Veja. Novas fitas divulgadas pela revista indicam que a tentativa de extorsão de R$ 4 milhões do bicheiro Carlos Cachoeira para não incluir o seu nome no relatório da CPI feitas por André Luiz incluiriam um grupo de deputados.

Jorge Picciani, presidente da Assembléia Legislativa, seria mais um dos envolvidos. Segundo Veja, uma das fitas gravou uma conversa de representantes de Cachoeira com o deputado Calazans.

No último encontro, ocorrido em 17 de agosto no Rio, Calazans afirma que a denúncia de Bispo Rodrigues sobre a extorsão patrocinada por André Luiz frustrou a negociação. Segundo ele, se tudo tivesse dado certo, Cachoeira daria um adiantamento aos deputados, eles votariam o relatório da CPI e, então, receberiam cerca de R$ 1,5 milhão do empresário.

Nas gravações, o deputado chama o dinheiro de 'andorinha', explica a revista. "Na verdade, a orientação foi para passar aquela andorinha. Isso sensibilizava, e a gente ia ver o que ia acontecer. Era parte do 1 milhão e 500!", diz Calazans.

Antes de encerrar a conversa, Calazans ainda recomenda que os representantes de Cachoeira procurem um outro deputado para resolver a questão. O nome não é dito na fita, pois o deputado rabisca em um papel.

Segundo a revista, um dos interlocutores afirmou que o nome escrito era de Paulo Melo, relator da CPI da Loterj.