Acusações pessoais dominam o debate em Maceió

Maceío - As trocas de acusações e as questões pessoas dominaram o último debate entre Cícero Almeida (PDT) e Alberto Sextafeira (PSB), candidatos que disputam o segundo turno das eleições para prefeito da capital alagoana. A apresentadora do debate, jornalista Michelle Barros, em vários momentos chamou a atenção dos dois, solicitando que priorizassem a apresentação de propostas e deixassem as questões pessoais de lado.

Mesmo assim, o candidato Alberto Sextafeira lembrou que Almeida responde a pelo menos quatro processos, sendo um deles por se recusar a pagar pensão alimentícia a uma das filhas. Almeida negou a acusação e pediu ao adversário que o respeitasse. Sextafeira perguntou se Almeida chamaria de novo o ex-coronel PM Manoel Francisco Cavalcante de "uma pessoa dez". No horário eleitoral, o candidato do PSB mostrou uma entrevista do seu adversário elogiando Cavalcante, que está preso desde 1998, no presídio Baldomero Cavalcanti, acusado de liderar a "gangue fardada". Almeida defendeu-se dizendo: "Fiz elogios a Cavalcante como pessoa, as atividades dele no mundo do crime é um problema da polícia e da Justiça".

Como revide, Almeida questionou o patrimônio de Sextafeira e acusou o adversário de se beneficiar com descontos do IPTU. "Pelos menos os bens eu declaro no Imposto de Renda. A minha vida é transparente, diferente do meu adversário, que entra na Justiça para a gente não mostrar o apartamento que ele ganhou do usineiro João Lyra", afirmou Sextafeira.

Quando o candidato do PSB apresentava as realizações da Prefeitura, cuja prefeita Kátia Born (PSB), é sua principal aliada, Almeida ironizava dizendo que Sextafeira estava falando de uma "cidade fictícia".

Para o candidato do PDT, "70% do eleitorado votou nos candidatos da oposição no primeiro turno, porque Maceió está abandonada". "São 12 anos de incompetência", frisou Almeida, referindo-se às três gestões do PSB na Prefeitura - de Ronaldo Lessa à Kátia Born, que apóiam o candidato Sextafeira. Já Almeida tem como padrinho da sua candidatura o usineiro João Lyra (PTB), que indicou a filha, Lourdinha Lyra, candidata a vice na chapa encabeçada pelo PDT.

Para evitar confronto, as torcidas dos dois candidatos ficaram separadas em ruas diferentes, no quarteirão da emissora, vigiadas por 50 policiais e por uma tropa do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Alagoas(Bope).