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Nacional
Sábado - 30 de Outubro de 2004 às 06:35
Por: Paulo Roberto Pereira

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Manaus - A cidade praticamente parou para ver o debate entre os candidatos Amazonino Mendes (PFL) e Serafim Correa (PSB), transmitido ao vivo pela TV Amazonas (Rede Globo), na noite desta sexta-feira. Mas, apesar de mais quase duas horas de confronto, não há como prever ainda que sairá vencedor na eleição de domingo. Durante o debate, sobraram acusações e faltaram projetos confiáveis para atrair os eleitores indecisos.

Muito bom vestido com um terno cinza escuro e gravata vermelha, ao contrário do adversário que manteve o estilo da camisa amarela com as mangas dobradas, Amazonino teve desempenho melhor que no debate do primeiro turno. Mas não conseguiu conter certa irritação com algumas acusações do adversário. A mais grave foi que ele estaria defendo R$ 5.072,43 referente ao IPTU de sua casa, na rua Belo Horizonte, 315, em Manaus.

Amazonino mostrou-se surpreso com a acusação e pediu direito de resposta. Mas ao responder, garantindo que aquilo havia sido um jogo sujo do adversário "acostumado a bisbilhotar a vida dos outros desde o tempo da juventude", fez alusão a acusações de campanha de possível participação de Serafim junto aos órgãos de repressão. Com isso, foi Serafim quem pediu direito de resposta, aumentando ainda mais o clima de animosidade entre os dois. Serafim, visando demonstrar superioridade, a todo momento dizia que Amazonino estava nervoso. Citou até o fato de o adversário ter deixado caria a caneta - imagem não mostrada - tal era o seu nervosismo.

Desde o início, ficou evidente que a tática de Serafim Correa seria lembrar ao eleitor indeciso o envolvimento de políticos ligados a Amazonino na recente Operação Albatroz, na qual foi preso seu ex-secretário de fazenda. Quando Serafim disse que tinha um plano de recuperação dos igarapés (pequenos cursos de água) no valor de 25 milhões de dólares, Amazonino disse que esse obra custaria pelo menos 500 milhões de dólares. "Parece que o meu adversário gosta muito desse número 500 milhões", insinuou Serafim lembrando os valores citados pela Polícia Federal na Operação Albatroz.




Fonte: Agência Estado

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