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Nacional
Sábado - 30 de Outubro de 2004 às 06:28
Por: Fernando Dantas

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Caxambu - Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança do governo Lula, acusou nesta sexta-feira o presidente de omissão no combate ao crime. Segundo Soares, o governo está postergando a implantação do Plano Nacional de Segurança para não associar a imagem de Lula à crise de criminalidade no País, deixando a responsabilidade nas mãos dos governadores.

"O presidente positivamente não quer falar de polícia e de reforma de polícia, não quer se tornar protagonista nesta área, para não correr o risco de se desgastar com cobranças - é a velha postura conservadora que sempre criticamos", disse Soares, que já foi secretário de Segurança do Rio. Ele saiu do governo Lula em outubro do ano passado, depois de ser acusado de ter contratado a ex-mulher para fazer uma pesquisa. Soares isentou seu sucessor na Secretaria de Segurança Nacional, Luiz Fernando Correia, de qualquer responsabilidade nos problemas que identifica, dizendo que ele "é um dos melhores profissionais da área no País".

Segundo Soares, a implementação do Plano Nacional de Segurança do governo, do qual foi um dos coordenadores, depende da participação de Lula, por conter duas propostas de mudança constitucional, além de mudanças institucionais. Em agosto de 2003, ele diz que, depois de muitas negociações, os governadores dos 27 estados concordaram em aderir ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), um dos aspectos do plano. O ex-secretário diz que a decisão sobre a etapa final deste processo foi posta na mesa de Lula em agosto ou setembro do ano passado.

A idéia era chamar todos os governadores para celebrar o "pacto pela paz", que, nas palavras de Soares, daria início "à temporada de reformas da segurança". "Estávamos para agendar, mas foi sendo postergado, e nunca mais andou", ele diz.




Fonte: Agência Estado

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