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MEC e universidades firmam acordo para promover cultura afro-brasileira
A presença de afro-descendentes nas universidades revela que a valorização das diferenças e a ausência de preconceito racial ainda não constituem postura comum nesses ambientes. De acordo com o questionário sócio-econômico aplicado junto com o Provão 2003, o total desses universitários é de apenas 3,6%. Problemas como a dificuldade de acesso e permanência desses estudantes nas universidades foram debatidos no Encontro de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, ontem e hoje em Brasília.
Representantes do Ministério da Educação (MEC), de cerca de 30 universidades e da recém-criada Associação Brasileira de Pesquisadores Negros participaram do encontro. Na abertura, o MEC firmou um acordo de cooperação com algumas universidades públicas para desenvolver pesquisas e promover a cultura afro-brasileira.
Na opinião do professor Wilson Roberto de Matos, da Universidade Estadual da Bahia (Ueba), é preciso pensar em políticas que orientem as universidades a adotar ações afirmativas para a inclusão, como o sistema de cotas. “É preciso pensar sobretudo numa política de permanência, não adianta garantir o ingresso (do afro-descendente) se a permanência não estiver equacionada”, afirmou.
Segundo ele, a dificuldade financeira é o principal motivo que impede que os estudantes negros concluam cursos superiores. “Algumas pesquisas indicam que os afro-descendentes que ingressam pelo sistema de cotas têm uma renda mensal familiar muito baixa, o que funciona como um impeditivo para o término do curso”.
Um dos resultados do encontro foi o compromisso do MEC de convocar pró-reitores para discutirem o assunto e criar um grupo de trabalho voltado para o Censo Racial do Ensino Superior. Em breve, será recomendado às universidades que façam um mapeamento da identidade étnico-racial dos estudantes, como já existe na Universidade Federal Fluminense (UFF) e na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Representantes do Ministério da Educação (MEC), de cerca de 30 universidades e da recém-criada Associação Brasileira de Pesquisadores Negros participaram do encontro. Na abertura, o MEC firmou um acordo de cooperação com algumas universidades públicas para desenvolver pesquisas e promover a cultura afro-brasileira.
Na opinião do professor Wilson Roberto de Matos, da Universidade Estadual da Bahia (Ueba), é preciso pensar em políticas que orientem as universidades a adotar ações afirmativas para a inclusão, como o sistema de cotas. “É preciso pensar sobretudo numa política de permanência, não adianta garantir o ingresso (do afro-descendente) se a permanência não estiver equacionada”, afirmou.
Segundo ele, a dificuldade financeira é o principal motivo que impede que os estudantes negros concluam cursos superiores. “Algumas pesquisas indicam que os afro-descendentes que ingressam pelo sistema de cotas têm uma renda mensal familiar muito baixa, o que funciona como um impeditivo para o término do curso”.
Um dos resultados do encontro foi o compromisso do MEC de convocar pró-reitores para discutirem o assunto e criar um grupo de trabalho voltado para o Censo Racial do Ensino Superior. Em breve, será recomendado às universidades que façam um mapeamento da identidade étnico-racial dos estudantes, como já existe na Universidade Federal Fluminense (UFF) e na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/369105/visualizar/
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