Superávit primário do país até setembro chega a 5,6% do PIB

O superávit primário consolidado do setor público não-financeiro foi de R$ 6,044 bilhões no mês de setembro, computados os saldos obtidos pelo governo central, de R$ 4,103 bilhões e pelos estados e municípios, com R$ 1,940 bilhão. As empresas estatais tiveram resultado primário negativo em R$ 1 milhão.

Os números constam do relatório mensal sobre política fiscal distribuído há pouco pelo Banco Central e indica que o resultado acumulado no ano soma R$ 69,771 bilhões, equivalente a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB), acima da meta negociada com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de 4,25% do PIB, recentemente ampliado para 4,5% por iniciativa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Nos últimos doze meses, o superávit primário totalizou R$ 78,867 bilhões (4,78% do PIB). O desempenho reflete, em parte, o impacto do maior nível de atividade econômica sobre a arrecadação, conforme menciona o relatório preparado pelo Departamento Econômico do BC.

O pagamento de juros, no mês passado, totalizou R$ 11,5 bilhões, mesmo patamar do mês anterior, e soma R$ 95,3 bilhões no ano (7,7% do PIB). Em 2003, no mesmo período, foram R$ 113,9 bilhões (10,3% do PIB). A redução é consistente com os níveis da taxa básica de juros que capitalizaram 11,8% de janeiro a setembro deste ano, em comparação com a capitalização de 18,1% de 2003.