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Saúde
Sexta - 29 de Outubro de 2004 às 09:15

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Quando ativada por diversas formas de estresse, uma proteína chamada quinase C prejudica a memória. A afirmação é de uma pesquisa feita nos Estados Unidos e divulgada na edição de 29 de outubro da revista Science.

Já se sabia que a enzima está relacionada a doenças como o distúrbio bipolar e a esquizofrenia, mas em testes feitos com ratos e macacos os pesquisadores verificaram que a presença da proteína em altos níveis interferiu também com a memória de curto prazo dos animais.

De acordo com os cientistas, o estresse pode levar ao aumento na produção da enzima e provocar outros fatores ¿ como distração, impulsividade e dificuldade de raciocínio ¿ ligados ao córtex pré-frontal, região do cérebro na qual estão localizadas as funções cognitivas complexas.

Segundo o estudo, uma ativação excessiva da proteína quinase C, que pode ser provocada mesmo por um estresse moderado, pode ainda contribuir para piorar os sintomas de doenças mentais. Os autores acreditam que a pesquisa também deve ajudar a explicar como circunstâncias ambientais levam à deterioração de funções cerebrais.

"Os resultados obtidos deverão contribuir para compreender melhor fatores como distração e impulsividade, observados em crianças que sofreram envenenamento por chumbo", disse Amy Arnsten, professora do Departmento de Neurobiologia da Escola Médica de Yale, nos Estados Unidos, e uma das autoras do estudo. "Mesmo níveis baixos de chumbo podem ativar a proteína quinase C e levar a problemas de comportamento".




Fonte: Revista Pesquisa Fapesp

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