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Homossexuais republicanos não pensam em votar em Bush
Tudo indica que George W. Bush obterá poucos votos entre a comunidade homossexual na próxima terça-feira: nem mesmo o principal grupo de gays e lésbicas republicanos pretende apoiar o presidente.
Nas acirradas eleições de 2000, um milhão de gays e lésbicas votaram em Bush. Cerca de 50 mil votos de homossexuais foram do estado da Flórida, onde aconteceu o virtual empate entre Bush e o democrata Al Gore.
Mas esta situação não deve repetir este ano, já que a política do presidente em relação à comunidade homossexual, sobretudo seu apoio à emenda constitucional para proibir o casamento entre casais do mesmo sexo, lhe custou o voto entre este grupo.
Se restam dúvidas de que as idéias de Bush não são populares entre os homossexuais dos EUA, só falta observar o ocorrido com o "Log Cabin" ("cabana de madeira", em inglês).
Este grupo, o principal de homossexuais de tendência republicana no país, faz referência ao primeiro presidente republicano dos EUA, Abraham Lincoln, que nasceu em uma cabana de madeira e fundou o partido sob os princípios de liberdade e igualdade.
Depois de um longo período de reflexão, o "Log Cabin" optou por abandonar em setembro o navio capitaneado por Bush, o que significa que, pela primeira vez desde 1993, a organização não apoiará o candidato republicano à presidência.
"Por último se deram conta de que é difícil apoiar quem não os gosta deles", afirmou a EFE Marta Donayre, da organização "Love Sees No Borders" ("O amor não conhece fronteiras").
Donayre, que se casou com sua companheira Leslie Bulbuk na primavera passada (hemisfério norte) em São Francisco, acha que a plataforma republicana é homófoba, e não só por sua rejeição à legalização do casamento homossexual.
Em outros assuntos, como a necessidade de estar casado para receber benefícios sociais, os republicanos também mostraram sua antipatia com o grupo: "A política de Bush é muito agressiva contra nós", resume Donayre.
Embora a postura de John Kerry "não esteja clara" para Donayre, já que o candidato democrata apóia a emenda contra o casamento homossexual em Massachusetts mas não em nível federal, esta ativista acha que o senador tem um "forte histórico" de apoio dos direitos dos homossexuais.
Paul Lynd, presidente do "Log Cabin" em São Francisco, não apoiará Bush nem Kerry. "É difícil prever o que faria se for vitorioso. Kerry foi muito inconsistente até agora", afirmou Lynd à EFE.
Assim como outros tantos republicanos homossexuais que mostraram seu aborrecimento em cartas ao diretor em jornais de todo o país e artigos de opinião, Lynd acha que Bush não atendeu aos princípios de igualdade e liberdade individual nos quais o grupo se fundamenta.
"A emenda constitucional incluiria a discriminação contra lésbicas e gays na Constituição", afirma Lynd. "É um absurdo que o presidente e líder de nosso partido apóie esta desigualdade".
Na opinião deste grupo, o apoio de Bush à emenda é um "ataque frontal" contra os gays e lésbicas, já que se trata de um assunto que vai diretamente à essência de "quem somos como republicanos e americanos homossexuais".
Para Patrick Guerriero, diretor executivo do grupo, "alguns nos acusarão de desleais, mas, de fato, foi a Casa Branca a desleal com os eleitores homossexuais".
Nas acirradas eleições de 2000, um milhão de gays e lésbicas votaram em Bush. Cerca de 50 mil votos de homossexuais foram do estado da Flórida, onde aconteceu o virtual empate entre Bush e o democrata Al Gore.
Mas esta situação não deve repetir este ano, já que a política do presidente em relação à comunidade homossexual, sobretudo seu apoio à emenda constitucional para proibir o casamento entre casais do mesmo sexo, lhe custou o voto entre este grupo.
Se restam dúvidas de que as idéias de Bush não são populares entre os homossexuais dos EUA, só falta observar o ocorrido com o "Log Cabin" ("cabana de madeira", em inglês).
Este grupo, o principal de homossexuais de tendência republicana no país, faz referência ao primeiro presidente republicano dos EUA, Abraham Lincoln, que nasceu em uma cabana de madeira e fundou o partido sob os princípios de liberdade e igualdade.
Depois de um longo período de reflexão, o "Log Cabin" optou por abandonar em setembro o navio capitaneado por Bush, o que significa que, pela primeira vez desde 1993, a organização não apoiará o candidato republicano à presidência.
"Por último se deram conta de que é difícil apoiar quem não os gosta deles", afirmou a EFE Marta Donayre, da organização "Love Sees No Borders" ("O amor não conhece fronteiras").
Donayre, que se casou com sua companheira Leslie Bulbuk na primavera passada (hemisfério norte) em São Francisco, acha que a plataforma republicana é homófoba, e não só por sua rejeição à legalização do casamento homossexual.
Em outros assuntos, como a necessidade de estar casado para receber benefícios sociais, os republicanos também mostraram sua antipatia com o grupo: "A política de Bush é muito agressiva contra nós", resume Donayre.
Embora a postura de John Kerry "não esteja clara" para Donayre, já que o candidato democrata apóia a emenda contra o casamento homossexual em Massachusetts mas não em nível federal, esta ativista acha que o senador tem um "forte histórico" de apoio dos direitos dos homossexuais.
Paul Lynd, presidente do "Log Cabin" em São Francisco, não apoiará Bush nem Kerry. "É difícil prever o que faria se for vitorioso. Kerry foi muito inconsistente até agora", afirmou Lynd à EFE.
Assim como outros tantos republicanos homossexuais que mostraram seu aborrecimento em cartas ao diretor em jornais de todo o país e artigos de opinião, Lynd acha que Bush não atendeu aos princípios de igualdade e liberdade individual nos quais o grupo se fundamenta.
"A emenda constitucional incluiria a discriminação contra lésbicas e gays na Constituição", afirma Lynd. "É um absurdo que o presidente e líder de nosso partido apóie esta desigualdade".
Na opinião deste grupo, o apoio de Bush à emenda é um "ataque frontal" contra os gays e lésbicas, já que se trata de um assunto que vai diretamente à essência de "quem somos como republicanos e americanos homossexuais".
Para Patrick Guerriero, diretor executivo do grupo, "alguns nos acusarão de desleais, mas, de fato, foi a Casa Branca a desleal com os eleitores homossexuais".
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/369186/visualizar/
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