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Sexta - 29 de Outubro de 2004 às 06:31
Por: Carlos Martins

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O 4° Serviço Regional de Aviação Civil (Serac-4) da Aeronáutica, com sede em São Paulo, começa a investigar hoje as causas do acidente com um monomotor Cessna ocorrido ontem em Campinas (95 km a Noroeste de São Paulo). Na queda do aparelho, prefixo PT-AYR, ficaram feridos o piloto Cristiano Furlan, 24, mais os proprietários do avião André Ricardo Félix, 24, e Marivaldo Pereira Barros, 33, que vinham para Cuiabá.

Com várias fraturas, os três foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e conduzidos ao Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde fizeram exames e a tarde foram submetidos a cirurgias por uma equipe de médicos ortopedistas. De acordo com boletim divulgado no final da tarde de ontem pelo hospital, o estado deles é estável.

O avião foi comprado na quarta-feira em Tatuí (137 km de São Paulo), de acordo com José Félix, pai de um dos donos do avião. Ontem pela manhã o piloto e os dois passageiros decolaram daquela cidade e fizeram uma parada para abastecer o avião no Aeroclube dos Amarais, região noroeste de Campinas. Pouco minutos depois de decolar, por volta das 9h45, o avião caiu na área da Fazenda Santa Elisa, pertencente ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC), distante cerca de 500 metros da pista. Ao perceber que a aeronave estava com problemas, o piloto tentou um pouso de emergência na fazenda, mas acabou caindo numa valeta e tombou.

Participaram do atendimento uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros e uma ambulância do Samu (Serviço Médico de urgência). Um helicóptero Águia da Polícia Militar levou os feridos para a Unidade de Urgência e Emergência (UER) do Hospital das Clínicas. Os feridos chegaram ao hospital com fraturas diversas nos membros inferiores e na face. Eles fizeram exames de raios, ultra-som e tomografia que afastou qualquer suspeita de lesão neurológica ou traumatismo craniano. À tarde eles foram submetidos a procedimentos cirúrgicos com a equipe de ortopedia.

A primeira pessoa a prestar atendimento aos feridos foi a funcionário do IAC, Yolanda Lourdes de Souza. Com a ajuda do filho, ele retirou as três pessoas do avião. Ela contou que teve que improvisar uma tala com o cinto de segurança a qual utilizou para imobilizar a perna de André, que sofrera uma fratura exposta. Em seguida ela acionou o Corpo de Bombeiros.

À tarde o chefe da subseção de Investigações do Serac-4, major Cirilo, esteve no local para iniciar o levantamento preliminar visando descobrir os motivos do acidente. Juntamente com sua equipe ele começou a coletar os materiais espalhos pela área da fazenda. Na manhã desta sexta-feira a equipe fará a retirada do local do motor e a hélice do monomotor.

“O motor e a hélice serão submetidos a uma análise técnica para descobrir se houve um problema técnico ou operacional”, explicou ontem o coronel Magno, chefe da Seção de Investigação. De acordo com o oficial, a investigação abrange a verificação das condições do piloto (habilitação) e do aparelho, tais como se estava com o peso adequado (balanceamento correto da aeronave) e com a manutenção e a documentação em dia. “Muitas informações são acessados no banco de dados”, completou.




Fonte: Diário de Cuiabá

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