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De olho no Natal, varejo não repassará alta dos juros
São Paulo - Apesar da sinalização do Banco Central de que a política de juros pode continuar rígida nos próximos meses, os varejistas não devem promover elevações expressivas nas taxas de juros ou redução dos prazos dos financiamentos. Isto porque as empresas tendem a aproveitar o aquecimento de consumo tradicional nesta época do ano. O comércio pode fazer promoções até no sentido contrário, visando atrair os consumidores e a renda do 13º salário, avalia o economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Fábio Pina.
Segundo ele, ao longo deste ano, a elevação da taxa básica de juros (Selic) da economia resultou apenas na interrupção do movimento de melhora das condições de crédito que era registrada: as taxas pararam de cair e os prazos deixaram de se alongar. A manutenção agora dos juros e prazos, apesar do aumento da Selic, está sendo sustentada também pela "gordura" acumulada nos meses anteriores pelas instituições, que não cortaram as taxas na mesma proporção que o Banco Central. "Não há disposição de uma alta generalizada", disse.
A rede de hipermercados Extra, embalada pelo resultado recente dos produtos não-alimentares, decidiu não elevar taxas pelo menos durante o mês de novembro, quando realizará a promoção de aniversário. De janeiro a setembro deste ano as vendas de alimentos subiram apenas 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado, e os produtos das seções de bazar, têxtil, brinquedos e eletrônicos aumentaram 12,2%. Nos meses de agosto e setembro, as variações foram até maiores: 14% e 17%, respectivamente. Segundo o diretor de Mercadorias, Luis Carlos Costa, a empresa fará esforço para manter as taxas nos mesmos níveis. "Por enquanto está suportável", afirmou.
Já a Casas Bahia, maior varejista do Brasil de móveis e eletrônicos, está ainda observando o comportamento do mercado para tomar decisões. A rede informou que não alteraria sua política de crédito pelo menos até o final de outubro. A partir daí iria analisar o comportamento da concorrência e o custo de captação do dinheiro para adotar alguma medida. A previsão de vendas de dezembro e o volume de encomendas à indústria, entretanto, estão mantidos. A expectativa é de um faturamento de R$ 1 bilhão no mês.
Na opinião de Marcelo Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Natal ainda será positivo, na previsão de Solimeo. As vendas devem crescer de 5% a 6% frente ao ano passado. "É um resultado significativo considerando que a base de comparação é forte, mas é menos do que se esperava dois meses atrás", afirmou. Solimeo avalia que, a partir do início do ano que vem, o comércio deve rever sua estratégia de crédito. E os ajustes tendem a começar pelo encurtamento dos prazos. Mesmo se as taxas de juros do Banco Central forem mantidas mas predominar o clima de incerteza, é provável que os parcelamentos se reduzam.
Segundo ele, ao longo deste ano, a elevação da taxa básica de juros (Selic) da economia resultou apenas na interrupção do movimento de melhora das condições de crédito que era registrada: as taxas pararam de cair e os prazos deixaram de se alongar. A manutenção agora dos juros e prazos, apesar do aumento da Selic, está sendo sustentada também pela "gordura" acumulada nos meses anteriores pelas instituições, que não cortaram as taxas na mesma proporção que o Banco Central. "Não há disposição de uma alta generalizada", disse.
A rede de hipermercados Extra, embalada pelo resultado recente dos produtos não-alimentares, decidiu não elevar taxas pelo menos durante o mês de novembro, quando realizará a promoção de aniversário. De janeiro a setembro deste ano as vendas de alimentos subiram apenas 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado, e os produtos das seções de bazar, têxtil, brinquedos e eletrônicos aumentaram 12,2%. Nos meses de agosto e setembro, as variações foram até maiores: 14% e 17%, respectivamente. Segundo o diretor de Mercadorias, Luis Carlos Costa, a empresa fará esforço para manter as taxas nos mesmos níveis. "Por enquanto está suportável", afirmou.
Já a Casas Bahia, maior varejista do Brasil de móveis e eletrônicos, está ainda observando o comportamento do mercado para tomar decisões. A rede informou que não alteraria sua política de crédito pelo menos até o final de outubro. A partir daí iria analisar o comportamento da concorrência e o custo de captação do dinheiro para adotar alguma medida. A previsão de vendas de dezembro e o volume de encomendas à indústria, entretanto, estão mantidos. A expectativa é de um faturamento de R$ 1 bilhão no mês.
Na opinião de Marcelo Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Natal ainda será positivo, na previsão de Solimeo. As vendas devem crescer de 5% a 6% frente ao ano passado. "É um resultado significativo considerando que a base de comparação é forte, mas é menos do que se esperava dois meses atrás", afirmou. Solimeo avalia que, a partir do início do ano que vem, o comércio deve rever sua estratégia de crédito. E os ajustes tendem a começar pelo encurtamento dos prazos. Mesmo se as taxas de juros do Banco Central forem mantidas mas predominar o clima de incerteza, é provável que os parcelamentos se reduzam.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/369269/visualizar/
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