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Internacional
Quinta - 28 de Outubro de 2004 às 16:33

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O presidente de Cuba, Fidel Castro, disse que o mundo precisa de "idéias renovadoras" porque são "armas poderosas" na luta pela salvação da humanidade. Fidel Castro dirigiu na quarta-feira uma mensagem aos participantes do Colóquio Internacional José Martí por uma Cultura da Natureza, no qual pede desculpas por não poder participar por causa da queda acidental que sofreu há uma semana e que provocou uma fratura em um joelho e uma fissura em um braço.

Em sua mensagem, divulgada amplamente nesta quinta-feira pelos meios de comunicação locais, o líder cubano disse que "este mundo conturbado e tão próximo de um absurdo holocausto precisa de idéias renovadoras" como as do prócer cubano José Martí.

Fidel se disse convencido de que um fórum como o recém-concluído em Havana deve "servir para sensibilizar a opinião pública internacional sobre a grave e dramática crise que ameaça a humanidade". "Martí nos leva, a partir de sua permanente vigência, a buscar o equilíbrio nas relações internacionais, na sociedade e no indivíduo", acrescentou.

Além disso, ressaltou, "nos mostra a importância da ética e da solidariedade, à margem de qualquer forma de exclusão e de segregação, e nos pede que favoreça a convivência harmoniosa com a natureza".

Fidel Castro disse esperar que as idéias de Martí impulsionem a criação de um grande movimento mundial capaz de trabalhar por sociedades de novo tipo onde reinem "a justiça, a paz e a solidariedade". "As idéias são armas poderosas na luta da humanidade por sua própria salvação", ressaltou.

Em sua carta, advertiu que a idéia de Martí de que "pátria é humanidade" tem hoje "extraordinária vigência em um mundo onde prevalecem a injustiça e a conseqüente condenação a milhões e milhões de pessoas a viverem na miséria e na ignorância".

Fidel denunciou a existência de "conflitos políticos não resolvidos, armas cada vez mais sofisticadas de destruição e extermínio em massa e doutrinas radicais que se apóiam em demolidoras forças militares e que nos levam a guerras ilegais e injustificáveis".

Nesse sentido, criticou "o poder do império" que "arrasa povos e destrói verdadeiros tesouros da cultura universal - como fez em Bagdá - em nome de uma suposta cruzada contra o terrorismo".

O colóquio José Martí reuniu cubanos e estrangeiros, entre eles o ex-presidente da Costa Rica Rodrigo Carazo, o poeta nicaragüense Ernesto Cardenal, e os escritores Pablo González Casanova, do México, e Tony Raful, da República Dominicana.




Fonte: EFE

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