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Japão pede ajuda internacional para libertação de refém no Iraque
O governo japonês recorreu nesta quinta-feira à ajuda internacional para conseguir informação sobre o paradeiro de Shosei Koda, o jovem seqüestrado pelo mais cruel dos grupos radicais iraquianos, que ameaça decapitá-lo nas próximas horas.
"Temos pedido informação de outros governos, de gente que conhece o Japão, do povo iraquiano e de outros, mas a situação é muito difícil", reconheceu o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, que já ressaltou ontem que seu país "não se ajoelhará perante os terroristas".
Até agora, os funcionários mobilizados por Tóquio na área não entraram em contato com os seqüestradores de Koda, de 24 anos, seqüestrado por extremistas do radical jordaniano Abu Musab al-Zarqawi.
Os militantes islâmicos desse grupo ligado à rede terrorista Al Qaeda ameaçaram decapitar o refém japonês se Tóquio não retirar em 48 horas seus 550 militares mobilizados no Iraque. Koizumi rejeitou ontem qualquer retirada desse contingente e hoje, a apenas 24 horas do fim do prazo, disse que o governo só pode "continuar com seus esforços" para tentar libertar Koda.
O jovem viajante poderia pagar muito caro por sua imprudência de viajar ao Iraque "para conhecer a situação" do país. Assim disse, segundo testemunhas, o próprio Koda em um hotel de Amã antes de viajar em 21 de outubro com apenas dinheiro com destino a Bagdá, onde, depois de se alojar em um hotel e tentar retornar à Jordânia com apenas 20 dólares, desapareceu no domingo.
O vice-ministro de Exteriores japonês, Shuzen Tanigawa, está em Amã à frente dos esforços para estabelecer contato com os seqüestradores, mas sem muitas esperanças, pois esse mesmo grupo é responsabilizado pela decapitaçaõ de vários outros estrangeiros.
"Estivemos em contato com pessoas que são aparentemente mediadores. A questão é se essas pessoas podem realmente entrar em contato com os seqüestradores", disse um diplomata citado pela agência Kyodo.
Outro funcionário do Ministério de Exteriores japonês afirmou que o governo de Koizumi estava esperando o passo seguinte do grupo radical que seqüestrou Koda, que se declarou disposto a mostrar os documentos pessoais do jovem uma vez que ele fosse reconhecido por sua família.
No entanto, o imã Abdel Salem Al Kubaissi, que teve um papel fundamental para a libertação, em abril, de outros três civis japoneses seqüestrados no Iraque, demonstrou seu pessimismo acerca da possibilidade de se entrar em contato com os seqüestradores desta vez.
Em Nogata, a cidade de onde Koda é oriundo, a família do jovem denunciou a atormentação a que está sendo submetida por parte de várias pessoas que durante toda a noite ligaram, criticando o jovem Shosei por viajar ao Iraque por conta própria apesar das recomendações das autoridades japonesas.
"Poderia entendê-lo no caso de uma pessoa que trabalha para uma organização não-governamental ou se fosse um jornalista que tem um trabalho a cumprir, mas a curiosidade e a satisfação pessoal não são desculpas" para fazer essa viagem, disse um jovem estudante citado pela agência Kyodo.
Os meios de comunicação japoneses, concentrados nestes dias nos estragos provocados pela onda de terremotos que sacudiu o noroeste do país no fim de semana, também não mostraram muita simpatia pelo caso do jovem, a quem qualificaram de irresponsável.
Mesmo os jornais que mais criticam a permanência de tropas japonesas no Iraque, como "Asahi Shimbun", compreenderam a decisão de Koizumi de rejeitar uma concessão aos terroristas e lamentaram que os desejos de aventura de Koda possam prejudicar mais os esforços para pacificar o Iraque.
Em comunicado, os parentes de Shosei insistiram hoje que a única coisa que querem é que o jovem retorne "são e salvo, tal como estava quando foi em janeiro à Nova Zelândia", primeira etapa de uma infeliz viagem que o conduziu ao covil dos mais impiedosos seqüestradores.
"Temos pedido informação de outros governos, de gente que conhece o Japão, do povo iraquiano e de outros, mas a situação é muito difícil", reconheceu o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, que já ressaltou ontem que seu país "não se ajoelhará perante os terroristas".
Até agora, os funcionários mobilizados por Tóquio na área não entraram em contato com os seqüestradores de Koda, de 24 anos, seqüestrado por extremistas do radical jordaniano Abu Musab al-Zarqawi.
Os militantes islâmicos desse grupo ligado à rede terrorista Al Qaeda ameaçaram decapitar o refém japonês se Tóquio não retirar em 48 horas seus 550 militares mobilizados no Iraque. Koizumi rejeitou ontem qualquer retirada desse contingente e hoje, a apenas 24 horas do fim do prazo, disse que o governo só pode "continuar com seus esforços" para tentar libertar Koda.
O jovem viajante poderia pagar muito caro por sua imprudência de viajar ao Iraque "para conhecer a situação" do país. Assim disse, segundo testemunhas, o próprio Koda em um hotel de Amã antes de viajar em 21 de outubro com apenas dinheiro com destino a Bagdá, onde, depois de se alojar em um hotel e tentar retornar à Jordânia com apenas 20 dólares, desapareceu no domingo.
O vice-ministro de Exteriores japonês, Shuzen Tanigawa, está em Amã à frente dos esforços para estabelecer contato com os seqüestradores, mas sem muitas esperanças, pois esse mesmo grupo é responsabilizado pela decapitaçaõ de vários outros estrangeiros.
"Estivemos em contato com pessoas que são aparentemente mediadores. A questão é se essas pessoas podem realmente entrar em contato com os seqüestradores", disse um diplomata citado pela agência Kyodo.
Outro funcionário do Ministério de Exteriores japonês afirmou que o governo de Koizumi estava esperando o passo seguinte do grupo radical que seqüestrou Koda, que se declarou disposto a mostrar os documentos pessoais do jovem uma vez que ele fosse reconhecido por sua família.
No entanto, o imã Abdel Salem Al Kubaissi, que teve um papel fundamental para a libertação, em abril, de outros três civis japoneses seqüestrados no Iraque, demonstrou seu pessimismo acerca da possibilidade de se entrar em contato com os seqüestradores desta vez.
Em Nogata, a cidade de onde Koda é oriundo, a família do jovem denunciou a atormentação a que está sendo submetida por parte de várias pessoas que durante toda a noite ligaram, criticando o jovem Shosei por viajar ao Iraque por conta própria apesar das recomendações das autoridades japonesas.
"Poderia entendê-lo no caso de uma pessoa que trabalha para uma organização não-governamental ou se fosse um jornalista que tem um trabalho a cumprir, mas a curiosidade e a satisfação pessoal não são desculpas" para fazer essa viagem, disse um jovem estudante citado pela agência Kyodo.
Os meios de comunicação japoneses, concentrados nestes dias nos estragos provocados pela onda de terremotos que sacudiu o noroeste do país no fim de semana, também não mostraram muita simpatia pelo caso do jovem, a quem qualificaram de irresponsável.
Mesmo os jornais que mais criticam a permanência de tropas japonesas no Iraque, como "Asahi Shimbun", compreenderam a decisão de Koizumi de rejeitar uma concessão aos terroristas e lamentaram que os desejos de aventura de Koda possam prejudicar mais os esforços para pacificar o Iraque.
Em comunicado, os parentes de Shosei insistiram hoje que a única coisa que querem é que o jovem retorne "são e salvo, tal como estava quando foi em janeiro à Nova Zelândia", primeira etapa de uma infeliz viagem que o conduziu ao covil dos mais impiedosos seqüestradores.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/369377/visualizar/
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