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Caso Guarujá: Polícia de SP requereu a prisão de mais duas pessoas
A Polícia Civil do Estado de São Paulo requereu à Justiça a prisão temporária de dois ocupantes de cargos públicos de Campo Grande (MS) suspeitos de ligação com os assassinatos de um empresário e um geólogo. Os nomes dos novos investigados não foram divulgados.
Com esses pedidos, subiu para nove o número de investigados com prisão decretada (veja o quadro). Destes, três já estão presos e são policiais de Campo Grande, revelando que uma verdadeira rede de pistolagem teria sido contratada para cometer os homicídios.
Inicialmente, os assassinatos eram investigados isoladamente. O geólogo húngaro Nicolau Ladislau Haraly foi morto na garagem de sua casa, no Morumbi, na Zona Sul da Capital, em 20 de julho. O homicídio do empresário Antônio Ribeiro Filho aconteceu em 5 de agosto, na Praia das Pitangueiras, em Guarujá.
Porém, com o passar do tempo, os casos passaram a ser apurados em conjunto. As vítimas era sócias da empresa Agropastoril Cedro Bom, que tem sede em Cuiabá (MT) e possui uma imensa área de terras rica em pedras preciosas no noroeste do Mato Grosso.
As vítimas foram mortas porque descobriram que um novo contrato social da empresa havia sido elaborado, de forma fraudulenta e inclusive com a falsificação de assinaturas. Com a mudança do documento, passaram a figurar como novos sócios Nauriá Alves de Oliveira e Delci Baleeiro de Souza.
Nauriá é secretária da emissora de TV pertencente ao ex-governador de Mato Grosso, ex-senador e atual conselheiro do Tribunal de Contas (TCE) daquele estado, Júlio José de Campos. Sargento da reserva da PM de Mato Grosso, Delci trabalha como segurança do político. Ambos estão foragidos.
Um contador de Cuiabá que prestou depoimento na condição de testemunha afirmou que realizou a alteração do contrato social por determinação de Júlio Campos. Essa revelação colocou o ex-governador na condição de investigado como suposto mandante dos homicídios.
A Polícia Civil de São Paulo requereu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a quebra dos sigilos bancário e telefônico de Campos. Por ser conselheiro do TCE, o investigado tem foro privilegiado. Ainda não se tem previsão para a tomada de seu depoimento.
Quebra de silêncio
Por meio de nota oficial divulgada à Imprensa da capital matogrossense, Campos quebrou o silêncio que, até então, mantinha sobre o episódio. Alegando inocência, ele disse que está ‘‘chocado’’ com as notícias envolvendo seu nome como suposto mandante de assassinatos.
Em seu comunicado, o ex-governador afirmou que ‘‘jamais praticou atos ofensivos às leis do meu país. Todos os negócios que mantive no passado são transparentes e abertos para o conhecimento de toda a comunidade. (...) Construí minha biografia com atitudes corajosas e ações exemplares’’.
Na sequência da nota, Campos declarou que ‘‘pretender envolver meu nome com os crimes alardeados pela imprensa é ato de calúnia cometida pela torpeza de quem quer manchar a minha honra. (...) Reitero com convicção a palavra de que fui tomado de espanto pelas notícias veiculadas pela imprensa’’.
‘‘Agora entrego às competentes mãos de meus advogados e à imparcialidade da Justiça o julgamento de evento tão doloroso para mim e para minha família. Peço a Deus que este caso seja esclarecido com rapidez e que os verdadeiros criminosos tenham reveladas as suas faces’’, finalizou o político.
Suspeitos com prisão decretada
1. Nelson Barbosa de Oliveira policial militar de Mato Grosso do Sul preso no Centro de Detenção Provisória de Mauá (SP) acusado de atirar nas vítimas
2. Eduardo Minare Higa agente da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul preso no Centro de Detenção Provisória de Mauá (SP) acusado de dar apoio logístico ao executor
3. Ezaquiel Leite Furtado agente da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul preso no Centro de Detenção Provisória de Mauá (SP) acusado de dar apoio logístico ao executor
4. Alberto Aparecido Rodrigues Nogueira, o Betão suposto pistoleiro de aluguel de Campo Grande (MS) foragido acusado de dar apoio logístico ao executor
5. Valdenira Carloto de Alencar manicure de Campo Grande (MS) foragida acusada de dar apoio logístico ao executor
6. Nauriá Alves de Oliveira secretária de Cuiabá (MT) foragida suposta laranja de investigado como mandante
7. Delci Baleeiro de Souza sargento da reserva da PM de Mato Grosso foragido suposto laranja de investigado como mandante
8. (?) ocupante de cargo público em Mato Grosso do Sul foragido acusado de dar apoio logístico ao executor
9. (?) ocupante de cargo público em Mato Grosso do Sul foragido acusado de dar apoio logístico ao executor
Com esses pedidos, subiu para nove o número de investigados com prisão decretada (veja o quadro). Destes, três já estão presos e são policiais de Campo Grande, revelando que uma verdadeira rede de pistolagem teria sido contratada para cometer os homicídios.
Inicialmente, os assassinatos eram investigados isoladamente. O geólogo húngaro Nicolau Ladislau Haraly foi morto na garagem de sua casa, no Morumbi, na Zona Sul da Capital, em 20 de julho. O homicídio do empresário Antônio Ribeiro Filho aconteceu em 5 de agosto, na Praia das Pitangueiras, em Guarujá.
Porém, com o passar do tempo, os casos passaram a ser apurados em conjunto. As vítimas era sócias da empresa Agropastoril Cedro Bom, que tem sede em Cuiabá (MT) e possui uma imensa área de terras rica em pedras preciosas no noroeste do Mato Grosso.
As vítimas foram mortas porque descobriram que um novo contrato social da empresa havia sido elaborado, de forma fraudulenta e inclusive com a falsificação de assinaturas. Com a mudança do documento, passaram a figurar como novos sócios Nauriá Alves de Oliveira e Delci Baleeiro de Souza.
Nauriá é secretária da emissora de TV pertencente ao ex-governador de Mato Grosso, ex-senador e atual conselheiro do Tribunal de Contas (TCE) daquele estado, Júlio José de Campos. Sargento da reserva da PM de Mato Grosso, Delci trabalha como segurança do político. Ambos estão foragidos.
Um contador de Cuiabá que prestou depoimento na condição de testemunha afirmou que realizou a alteração do contrato social por determinação de Júlio Campos. Essa revelação colocou o ex-governador na condição de investigado como suposto mandante dos homicídios.
A Polícia Civil de São Paulo requereu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a quebra dos sigilos bancário e telefônico de Campos. Por ser conselheiro do TCE, o investigado tem foro privilegiado. Ainda não se tem previsão para a tomada de seu depoimento.
Quebra de silêncio
Por meio de nota oficial divulgada à Imprensa da capital matogrossense, Campos quebrou o silêncio que, até então, mantinha sobre o episódio. Alegando inocência, ele disse que está ‘‘chocado’’ com as notícias envolvendo seu nome como suposto mandante de assassinatos.
Em seu comunicado, o ex-governador afirmou que ‘‘jamais praticou atos ofensivos às leis do meu país. Todos os negócios que mantive no passado são transparentes e abertos para o conhecimento de toda a comunidade. (...) Construí minha biografia com atitudes corajosas e ações exemplares’’.
Na sequência da nota, Campos declarou que ‘‘pretender envolver meu nome com os crimes alardeados pela imprensa é ato de calúnia cometida pela torpeza de quem quer manchar a minha honra. (...) Reitero com convicção a palavra de que fui tomado de espanto pelas notícias veiculadas pela imprensa’’.
‘‘Agora entrego às competentes mãos de meus advogados e à imparcialidade da Justiça o julgamento de evento tão doloroso para mim e para minha família. Peço a Deus que este caso seja esclarecido com rapidez e que os verdadeiros criminosos tenham reveladas as suas faces’’, finalizou o político.
Suspeitos com prisão decretada
1. Nelson Barbosa de Oliveira policial militar de Mato Grosso do Sul preso no Centro de Detenção Provisória de Mauá (SP) acusado de atirar nas vítimas
2. Eduardo Minare Higa agente da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul preso no Centro de Detenção Provisória de Mauá (SP) acusado de dar apoio logístico ao executor
3. Ezaquiel Leite Furtado agente da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul preso no Centro de Detenção Provisória de Mauá (SP) acusado de dar apoio logístico ao executor
4. Alberto Aparecido Rodrigues Nogueira, o Betão suposto pistoleiro de aluguel de Campo Grande (MS) foragido acusado de dar apoio logístico ao executor
5. Valdenira Carloto de Alencar manicure de Campo Grande (MS) foragida acusada de dar apoio logístico ao executor
6. Nauriá Alves de Oliveira secretária de Cuiabá (MT) foragida suposta laranja de investigado como mandante
7. Delci Baleeiro de Souza sargento da reserva da PM de Mato Grosso foragido suposto laranja de investigado como mandante
8. (?) ocupante de cargo público em Mato Grosso do Sul foragido acusado de dar apoio logístico ao executor
9. (?) ocupante de cargo público em Mato Grosso do Sul foragido acusado de dar apoio logístico ao executor
Fonte:
A Tribuna
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/369426/visualizar/
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