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Economia
Quinta - 28 de Outubro de 2004 às 08:33
Por: Sandra Pinheiro Amorin

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O Grupo Brasil Ferrovias deu início ao processo de reestruturação. A empresa assinou ontem um protocolo de intenções com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que prevê também a consolidação do Sistema Ferroviário Sudeste/Centro-Oeste. No pacote estão incluídos um aporte inicial de R$ 540 milhões e investimentos de R$ 1,6 bilhão a serem aplicados em cinco anos. Porém, nesse último valor não consta recursos para continuidade das obras da Ferronorte entre Alto Araguaia e Rondonópolis.

Pelo documento ficou estabelecido ainda que após a reestruturação e a integralização de novos recursos, a dívida de R$ 249 milhões da empresa com o BNDES será convertida em sociedade e a instituição financeira terá 31% do capital social da Ferronorte.

Dos R$ 540 milhões de capital novo, R$ 405 milhões sairão do BNDES e R$ 135 milhões dos acionistas da Brasil Ferrovias, que controla a Ferronorte, Ferroban, Novoeste e Portofer. A maior parte do dinheiro será utilizada na criação de corredores logísticos integrados independentes de bitola larga (Alto Araguaia/Porto de Santos) e de bitola estreita (Corumbá/Porto de Santos). O objetivo, segundo o BNDES, é ligar a região de maior crescimento na produção de grãos destinados à exportação (Centro-Oeste) ao Porto de Santos, com distância superior a 1000 Km, de forma a eliminar gargalos logísticos e otimizar o escoamento da produção agrícola e industrial.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da Brasil Ferrovias, todo o trecho percorrido de Alto Araguaia ao porto do litoral paulista possui bitola larga. Porém, quando o trem chega na Ferroban, em São Paulo, depara-se com uma malha mais antiga e que necessita de mais investimentos para modernização.

Dos R$ 540 milhões, R$ 420 milhões vão para a Ferronorte e R$ 120 milhões para a Novoeste, sendo que esse último valor poderá ser convertido em debêntures permutáveis em ações da Ferronorte. Segundo a assessoria do BNDES, a opção de troca em debêntures à Ferronorte foi determinada porque essa é a ferrovia que mais oferece condições de rentabilidade em curto prazo. Os recursos iniciais também servirão para fazer fluxo de caixa e preparar a ferrovia para colocar ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).




Fonte: A Gazeta

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