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Agronegócios
Quinta - 28 de Outubro de 2004 às 08:04
Por: Maria Helena Benedet Barbuio

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Esta foi a quantidade de casos da sigatoka negra constatada nos bananais do município de Novo Mundo, região Norte de Mato Grosso.A confirmação foi feita pelo responsável da unidade do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária) de Guarantã do Norte, Marcelo Magalhães Pioli. “Deste total um foco foi registrado dentro do município de Guarantã que fica bem próximo à divisa com Novo Mundo”, assegurou Marcelo. Cerca de 62 quilômetros da área considerada de produção usada para comercialização.

O primeiro foco da doença no município foi constatado em meados de julho numa área de assentamento com produção pequena para o consumo próprio.

Hoje Guarantã do Norte é reconhecido e tem certificado, expedido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e OIE (Organização Internacional de Epizootias) como local livre de produção da sigatoka negra. A área certificada corresponde a 10 propriedades totalizando cerca de 500 hectares, o que corresponde metade (50%) de toda a produção do município. Juntos os produtores produzem mensalmente cerca de 60 toneladas de bananas que pode ser comercializada em todo o país e até no exterior, isso graças à certificação. Manter esta certificação é o que o Indea vem trabalhando.

Marcelo disse que a propriedade, embora tenha produção pequena -cerca de 40 covas utilizada para consumo próprio- “foi interditada e nenhum produto sai da área. O proprietário até se dispôs a destruir o bananal”. Além disso, barreiras volantes foram montadas diariamente e todo o caminhão que entra na área de produção é pulverizado (desinfectado) e vistoriado minuciosamente para evitar que folhas, caixarias velhas ou qualquer outro tipo de material que possa disseminar a doença, entre na área. “Fazemos um trabalho bem detalhado nos veículos que entram para carregar a produção da área de comercialização para evitar que a doença contamine os bananais e conseqüentemente a região”, ressaltou. “Para transportar o produto o Indea emite uma permissão de transporte, lacra o caminhão e emite o Certificado Fitosanitário de Origem (CFO) para ser transportado”, explicou os cuidados.

O responsável pela unidade disse ainda que a fiscalização na área de produção livre é feita a cada 15 dias e tudo é acompanhado por um agrônomo cadastrado no Indea e supervisionado pelo Mapa.

Além Guarantã, o município de Matupá, também é grande produtor de banana. A região é considerada área de produção livre da sigatoka mas, por enquanto, é reconhecido somente pelo ministério. As 60 toneladas produzidas na região só podem ser comercializadas dentro do Estado. O trabalho agora, conforme Marcelo, estão voltados para o reconhecimento também da OIE para que a produção possa ser vendida em todo país e até no exterior.




Fonte: Só Notícias

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