Banco visa mulheres que priorizam carreira, dinheiro e filhos

Os responsáveis pelo marketing do banco virtual Egg criaram um novo termo para qualificar um personagem típico das sociedades modernas – as mulheres CCC. A sigla, que tenta emular outros acrônimos que fizeram sucesso no passado, representa o que seriam três interesses que caracterizam o grupo: a carreira, o dinheiro e os filhos (career, cash e children, em inglês).

O perfil dessa supermulher é de alguém que tem uma renda equivalente a R$ 265 mil por ano, veste-se de forma impecável e às oito da manhã, todos os dias, leva os filhos para a escola em seu carrão.

A idéia é associar o termo mulher CCC, ou triplo C, à combinação de uma deusa doméstica com uma profissional bem-sucedida.

Siglas

É de perguntar o que pensa deste pessoal as mulheres que são chamadas em alguns círculos na Grã-Bretanha de “Sinbad”.

Esta sigla se refere às mulheres que têm apenas uma fonte de renda, estão sozinhas e se sentem no desespero completo – em inglês, Single Income, No Boyfriend, Absolutely Desperate.

As mulheres “CCC” também poderiam ser um contaponto aos Opties, sigla cunhada em meados dos anos 90 pela empresa automobilística Skoda.

O Opti (Over-mortgaged Post-Thatcher Individual) seria uma pessoa endividada, mas pouco preocupada com promoções, salário ou satisfação profissional.

Outra empresa, a companhia de marketing britânica, Fish Can Sing, criou há alguns anos a sigla Tired - que forma a palavra em inglês que significa “cansado”.

A sigla servia para definir as pessoas que buscavam fugir do estresse diário para se dedicar ao lazer e à criatividade.

A frase completa é Thirtysomething Independent Radical Educated Dropout – alguém com mais de 30 anos, independente, radical e que recebeu educação, mas decidiu se alienar da correria da vida moderna.

Essas siglas significam coisas mais ou menos diferentes, mas quase todas têm algo em comum – nasceram da vontade de empresas de conseguir espaço na mídia por meio de um golpe de marketing.