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Economia
Quarta - 27 de Outubro de 2004 às 17:19

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, voltou a defender hoje a inclusão de um representante do setor empresarial na mesa de decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN). No seu entender, o país necessita da figura de uma “autoridade produtiva”, que teria a representatividade dos agentes produtivos.

Skaf comentou a elevação da taxa de juros cobradas pelos bancos no varejo. Segundo ele, o Brasil segue a mesma política adotada pela Europa, "ao agir puramente com uma visão monetarista", um comportamento considerado por ele importante, mas que “é uma visão só de defesa da moeda, quando temos que olhar outras questões como gerar emprego, aumentar exportações, etc, não incluídas na agenda técnica de discussões do CMN ao discutir a taxa de juros.”

O presidente da Fiesp elogiou a atuação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na condução da política econômica e classificou como natural o fato de Meirelles manter uma postura monetarista. Quando indagado sobre a possibilidade de um freio no crescimento das vendas de produtos relacionados ao Natal, em razão do aumento dos juros, Skaf limitou-se a questionar qual o país que tem juros tão acima da média inflacionária.

Para o empresário, os maiores entraves ao crescimento econômico não estão do lado de dentro das fábricas, mas sim do lado de fora, como os custos de produção e à falta de isonomia com os competidores estrangeiros, sobretudo no que se refere à concessão de empréstimos para os investimentos, afirmou.

Skaf também citou antiga reivindicação do setor privado, de redução da carga tributária, sob a justificativa de desonerar os custos de produção e ampliar a base de arrecadação.

Ele enfatizou a necessidade de uma definição quanto ao projeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs). “O Brasil precisa que seja aprovado o projeto das PPPs e precisa que esse projeto atenda de forma correta, dando a segurança necessária aos investidores, regras claras, segurança para que o Estado não abra um buraco lá na frente”.

Paulo Skaf falou à imprensa após participar da cerimônia de abertura do II Fórum Europeu, que ocorre hoje e amanhã no Centro de Convenções do Hotel Transamérica. O evento deverá ser encerrado amanhã com a presença do vice-presidente da República, José Alencar, às 19h. No encontro estão sendo discutidas as perspectivas de negócios para os setores das micro e pequenas empresas, entre outras questões relacionadas ao comércio Brasil-Europa.




Fonte: Agência Brasil

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