Falta de segurança leva ONG a deixar o Iraque

O grupo humanitário Action contre la Faim (Ação contra a fome), com sede em Paris, disse que estava retirando seus funcionários do Iraque devido à falta de segurança. Também disse que as atividades de auxílio humanitário realizadas por forças dos EUA tornavam difícil aos grupos de ajuda parecerem imparciais.

O anúncio do grupo foi feito na noite de terça-feira, uma semana depois que a diretora anglo-iraquiana de uma ONG foi sequestrada no Iraque. "Como muitas outras organizações, a Action contre la Faim é agora forçada a deixar o país em agonia ¿ principalmente devido à insegurança permanente", disse o grupo.

O grupo chegou a empregar cerca de 10 funcionários internacionais e 200 iraquianos no país. "A insegurança permanente, seja devido às lutas, ao terror ou ao crime, tem um impacto direto sobre a reconstrução do país, porque restringe o trabalho das empresas ou das organizações", afirmou.

Numa aparente crítica às forças lideradas pelos EUA no Iraque, o grupo disse que o envolvimento de soldados em atividades humanitárias, como a distribuição de alimentos, tornou-se um problema para muitas organizações não-governamentais. Isso criou confusão para a população iraquiana, que não consegue distinguir entre as atividades militares e a ajuda fornecida pelas ONGs.