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Saúde
Quarta - 27 de Outubro de 2004 às 11:09

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O ministro da Saúde, Humberto Costa, lança nesta quinta-feira (28.10), em Cuiabá, o Plano Nacional de Eliminação da Hanseníase e o projeto Samu (Sistema de Atendimento Móvel de Urgência). O lançamento será realizado às 15h no Centro Estadual de Referencia de Média e Alta Complexidade (Cermac), situado na rua Thogo Pereira nº 63.

Uma primeira ação já foi desencadeada pelo Ministério da Saúde no enfrentamento da hanseníase, que foi a edição das "Cartas de Eliminação" da doença, dirigidas aos gestores estaduais de saúde. O documento contém informações sobre o quadro epidemiológico, com dados de 2003, de cada Estado da Federação - com seus respectivos coeficientes e sugestões de ações.

Mato Grosso foi o Estado escolhido para lançar a campanha nacional, de acordo com o secretário adjunto de Saúde, Antônio Augusto de Carvalho, devido à decisão que o Estado tomou no enfrentamento do problema, que foi a de ampliar as ações da cobertura de atividades de suspeição e confirmação do diagnóstico e de oferta do tratamento, integrando-as na atenção básica. "A meta é reduzir o índice de Mato Grosso, que hoje é de 16,6 pessoas doentes para cada grupo de 10.000 habitantes, para um patamar dentro dos padrões aceitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é abaixo de 10/10.000 habitantes", explicou.

Entre as ações que já são desenvolvidas no Estado para a eliminação da doença, estão a capacitação de profissionais responsáveis pelo atendimento da hanseníase e a divulgação de materiais explicativos de orientação à população sobre a doença. "Com o apoio do Ministério da Saúde, vamos efetivamente desenvolver ações técnicas e políticas, evitando o abandono do tratamento e a facilitação do acesso do paciente ao serviço especializado. Em cada pólo regional, em cada hospital, vamos criar condições de trabalho para o acesso fácil da população. Pois são esses esforços somados que nos levarão a solucionar mais este grave problema da saúde pública", disse Augusto de Carvalho.

URGÊNCIAS - Já para o projeto Samu, o Ministério vai entregar 17 ambulâncias devidamente equipadas, com UTIs e sistema de rastreamento por satélite. O Sistema de Atendimento Móvel de Urgência será implantado inicialmente em Cuiabá e Várzea Grande.

Para o secretário de Estado de Saúde, Marcos Machado, a visita do ministro marcará o lançamento de duas importantes ações e será aproveitada para que Mato Grosso faça dois pedidos em relação a dois grandes problemas na área da saúde. O primeiro, na área oncológica, é a carência de um acelerador linear, aparelho de alta tecnologia e de boa resolutividade utilizado no tratamento do câncer.

O segundo é a falta de uma parceria com o Governo Federal para a implantação de um hospital de medicina tropical, que transforme o Estado em referência no atendimento de doenças como malária, febre amarela, hepatite, leishmaniose e outras infecto-contagiosas como aids, hanseníase e tuberculose.

O Projeto Samu consiste num sistema de resgate às urgências clínicas, obstétricas ou traumas por meio de ligação ao telefone 192. O Samu será composto por 17 ambulâncias, sendo quatro de suporte avançado. Nesse caso, a equipe é composta por médico, enfermeiro e motorista, e o carro é equipado com respirador e material de reanimação e suporte de vida - que garantem que a vítima chegue viva até uma unidade de urgência. As outras treze ambulâncias são para suporte básico, com as equipes compostas por técnico de enfermagem, socorrista e motorista, e os carros equipados com materiais que permitam um transporte seguro até uma unidade de saúde.

O superintende de Atenção Integral à Saúde, Victor Rodrigues, explicou que qualquer usuário do Sistema Único de Saúde que resida nas cidades atendidas pelo Samu deve ligar para o número 192 quando precisar de atendimento de urgência. A ligação cairá numa central de regulação do sistema onde um médico de plantão, baseado na história que lhe for contada, definirá o tipo de ambulância que irá fazer o resgate.

A primeira hora do atendimento de urgências é considerada crucial para o prognóstico do paciente. Se o atendimento for rápido e eficiente, as chances de o usuário sobreviver são maiores. Para o projeto Samu, o Ministério da Saúde investiu cerca R$ 1,8 milhão, e a contrapartida do Estado foi de R$ 300 mil.




Fonte: Ses-MT

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