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Internacional
Segunda - 05 de Novembro de 2012 às 10:35

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As escolas de Nova York, fechadas há uma semana por causa da supertempestade Sandy, preparam-se para reabrir nesta segunda-feira, mas o frio pode complicar a vida de milhares de vítimas, sete dias após a tempestade que atingiu a costa leste dos Estados Unidos. Na véspera da eleição presidencial, a Casa Branca afirmou que está mobilizada para ajudar as autoridades locais, com o envio de uma delegação ministerial. "Está ficando frio, as pessoas estão em casas inabitáveis. Temos milhares de pessoas que precisam de uma solução imediata", declarou o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, durante uma coletiva de imprensa. Até 40.000 pessoas podem ter sido afetadas em Nova York, indicou o prefeito Michael Bloomberg. Ele enfatizou a magnitude do desafio comparado com o furacão Katrina, que devastou Nova Orleans (sul) em 2005. Mas durante o Katrina, muitas pessoas deixaram a cidade, enquanto que os habitantes de Nova York permanecem em suas casas, o que cria um grande desafio para as autoridades. "Nós não temos um monte de casas vazias na cidade", ressaltou. Enquanto 603.000 pessoas permanecem sem energia elétrica em Nova York e pelo menos um milhão em Nova Jersey, as temperaturas devem cair abaixo de zero nos próximos dias. Sete dias após a supertempestade que atingiu 15 estados e causou mais de 100 mortes nos Estados Unidos, uma nova perturbação é esperada para esta semana, com ventos violentos e possíveis inundações nas regiões litorâneas. A falta de combustível, indispensável para os geradores, muitas vezes a única fonte de aquecimento, permanece como um grande problema. Cuomo indicou que houve melhorias, mas reconheceu que as dificuldades continuam. "É preciso paciência", disse, enquanto as pessoas aguardam em filas que duram horas para abastecer nos poucos postos reabertos. á -- O frio pode matar -- Em Nova Jersey, os carros com placas ímpares podem abastecer em dias ímpares, e vice-versa para os de números pares. Bloomberg insistiu que as pessoas sem eletricidade nem aquecimento devem ir para um dos 16 centros de acolhimento abertos neste fim de semana em Nova York. "O frio pode matar você", avisou. A energia elétrica foi restabelecida em Manhattan, mas 107 mil pessoas ainda estão sem luz em outros bairros de Nova York. Mais de 200 mil refeições são servidas a cada dia para os necessitados da cidade. Além de água e comida, o município agora distribui cobertores, lanternas e leite em pó para bebês. Muitos voluntários também ajudam, especialmente nos bairros devastados de Rockaways, no Queens, ou em Staten Island. Apesar das dificuldades, 90% das escolas de Nova York devem reabrir nesta segunda-feira. Algumas ficaram sem aquecimento durante vários dias, e o prefeito recomendou que os pais coloquem um casaco a mais em seus filhos. Elas vão ser novamente fechadas na terça-feira, o dia da eleição presidencial. Tudo será feito para garantir a eleição, mas não será fácil, anunciou Bloomberg, citando 61 espaços de votação que não podem ser utilizados e que precisam ser substituídos. Em Nova Jersey, confrontados com as mesmas dificuldades, caminhões militares servirão como seções eleitorais improvisadas e eleitores deslocados pela tempestade foram autorizados a votar por fax e e-mail. O metrô de Nova York ainda não circula normalmente e, no domingo, a famosa Maratona de Nova York foi cancelada na última hora por causa da polêmica gerada. Para compensar, dezenas de corridas foram realizadas no domingo. Outros corredores preferiram ir para Staten Island, para ajudar na distribuição de roupas, alimentos para aqueles que precisam. A Casa Branca anunciou que o presidente Barack Obama foi mantido constantemente informado sobre a evolução da situação em Nova York e sua região. "O presidente afirmou que conta em sua equipe para permanecer totalmente focada na satisfação das necessidades de nossos parceiros, em nível estadual e das instituições locais", declarou um funcionário da Casa Branca.á Uma delegação ministerial, que contará com a secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, a ministra do Trabalho, Hilda Solis, e o ministro da Energia, Steven Chu, devem viajar para a região.




Fonte: AFP

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