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No Ceará, VLT e estações do metrô só devem sair em 2014
Dentro do projeto de obras em execução voltadas para o campeonato Mundial de Futebol, as duas sob a responsabilidade do governo estadual do Ceará estão previstas para o primeiro semestre do próximo ano. As estações do metrô Padre Cícero e Juscelino Kubitschek, com montante de R$ 22,5 milhões, devem ser finalizadas até o fim do mês de abril. Já o Veículo Leve sob Trilhos (VLT) do Ramal Parangaba-Mucuripe, cujo contrato é de R$ 276,9 milhões, não teve o mês de conclusão divulgado.
Entretanto, as novas datas diferem do último prazo divulgado, em 2011, na matriz de responsabilidades, disponível no site Portal da Copa 2014. Tanto o cronograma do VLT Parangaba-Mucuripe como das duas estações do metrô previam a conclusão para junho deste ano.
Novas estações
No caso das estações do metrô, o vencimento do contrato está marcado para o dia 30 de abril do próximo ano. O avanço físico das obras civis de ambas as estações atualmente é de 46,36%, conforme informou a assessoria de comunicação do Metrô de Fortaleza (Metrofor).
De acordo com o coordenador de Transportes e Obras da Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), André Pierre, os trabalhos de implantação do ramal metroviário do VLT Parangaba-Mucuripe deverão ficar prontos ainda no primeiro semestre de 2014, portanto, "a tempo de atender a população durante os jogos da Copa Fifa de Futebol", avalia.
Ainda segundo o engenheiro, as obras de implantação da linha, desenvolvidas pelo consórcio CPE-VLT Fortaleza, estão dentro do cronograma e, por conta disso, são desenvolvidos em dois turnos de trabalho, não havendo ainda necessidade de ser ampliado. Em contrapartida, a matriz de responsabilidades, atualizada no Portal da Copa 2014, previa a conclusão da obra em junho deste ano.
Readequação
Porém, por conta das questões envolvendo as desapropriações, o projeto chegou a ser alterado. A maior mudança foi a localização da estação Rodoviária, no Bairro de Fátima, que estava prevista para ser construída ao lado da atual estação rodoviária Engenheiro João Tomé.
Segundo o economista e membro do Comitê Popular da Copa, André Lima, o governo cometeu uma série de erros no processo de remoção das famílias, sem o diálogo adequando.
"Essa é uma obra que, a meu ver, começou errada, porque ela está saindo em função do mega evento e a partir de uma definição que veio de fora para dentro. Para se ter uma ideia, o último estudo de mobilidade urbana que Fortaleza teve foi em 1996. De lá para cá, o número de habitantes aumentou em pelo menos um milhão", afirma.
Ele diz acreditar que o projeto não será concluído a tempo para os jogos e afirma que uma das propostas do Comitê é que os trabalhos sejam adiados, para dar mais tempo a população que mora na região e para o próprio governo do Ceará.
"A gente tem defendido que essa obra não é imprescindível para a realização dos jogos, até porque a Copa das Confederações ocorreu e o VLT não estava pronto. A urgência da obra faz com que o governo pressione cada vez mais as famílias", comenta o especialista. (GR)
Fonte:
Diário do Nordeste
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