Para Incra, pesquisa combaterá analfabetismo

Um dos objetivos da Pesquisa Nacional de Educação da Reforma Agrária é definir políticas públicas que visem a redução das taxas de analfabetismo e a melhoria do ensino no campo. De acordo com o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Leonel Wohlfahrt, é alto o índice de analfabetismo (entre jovens e adultos) nos assentamentos.

Entendendo que a educação é hoje o único instrumento de inclusão social, Wohlfahrt destaca que “a pesquisa possibilitará a implementação no campo de políticas públicas já existentes nas grandes cidades”.

Além de traçar um quadro sobre a realidade educacional entre os sem-terra, a pesquisa possibilitará a identificação das escolas de educação básica localizadas nos assentamentos da Reforma Agrária que ainda não integram o Censo Escolar. Com isso, essas escolas podem receber já a partir do ano que vem os benefícios que as unidades recenseadas recebem.

Wohlfahrt destacou ainda que a realização da pesquisa será possível mediante uma parceria entre o Incra, por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC). O Pronera é um programa de educação de trabalhadores rurais em Projetos de Assentamento (PA) da Reforma Agrária.

Em Mato Grosso, o Pronera, em parceria com Universidade de Mato Grosso (Unemat), promove a alfabetização e escolarização de 2.639 jovens e adultos, a formação de 50 professores para as primeiras séries do ensino fundamental e a graduação superior em pedagogia da terra de 100 professores, conforme a asseguradora regional do programa, Tânia Ribeiro Batista.

SEMINÁRIO – Hoje, às 18 horas, será aberto o Seminário Estadual de Educação e Diversidade do Campo. O evento, que acontece no Centro de Eventos Pantanal, vai até sexta-feira e irá debater a implantação das diretrizes operacionais para educação básica nas escolas do campo e ver a demanda específica de cada região, visando dar apoio pedagógico, formação continuada, bolsa de trabalho para os monitores e melhorar a infra-estrutura. O seminário é promovido pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em parceria com o Ministério da Educação (MEC).