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Nacional
Quarta - 27 de Outubro de 2004 às 02:35
Por: Elder Ogliari

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Porto Alegre - Os candidatos à prefeitura de Porto Alegre levaram a disputa eleitoral à Justiça nesta terça-feira. A Frente Popular, do candidato Raul Pont, encaminhou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uma ação de investigação judicial eleitoral contra a coligação PPS-PTB por uso da máquina pública estadual na campanha de José Fogaça. A resposta foi uma ação semelhante contra Pont, do PT e o Sindicato dos Professores (Cpers), por abuso de poder econômico.

Na acusação da Frente Popular, uma fita de vídeo mostra uma reunião em que diretores estariam instruindo estagiários do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) a saírem com as bandeiras de Fogaça às ruas. "Os estagiários relatam que isso acontece há mais de dez dias", destaca o advogado da campanha de Pont, Jorge Garcia. Em outra gravação, aparece um carro de som de um candidato a vereador engajado na campanha do PPS-PTB com a logomarca do Banco do Estado do Rio Grande do Sul.

A acusação da coligação PPS-PTB refere-se à distribuição de panfletos e inserções na programação comercial de emissoras de rádio assinados pelo Cpers vinculando Fogaça às privatizações. "O poder público repassa verba ao sindicato, que repassa ao PT por meio de propaganda eleitoral, constituindo uma doação por meio de publicidade", explicou o coordenador jurídico da campanha de Fogaça, Décio Itiberê.

O deputado estadual Cézar Busatto, presidente municipal do PPS, também acusa os petistas de usarem dependências do Departamento Municipal de Habitação e da Empresa Pública de Transporte e Circulação para reuniões partidárias e funcionários em licença-saúde de fazerem campanha para o partido nas ruas. "Eles estão sendo pródigos em usar a máquina pública em favor dos seus candidatos e confundem o governo, que deve ser para todos, com a máquina do partido", rebateu.

Antes de viajar a Canela para a solenidade de abertura do Seminário Novos Gestores Municipais, no início da noite, o governador Germano Rigotto foi informado de que o PT faria as acusações de uso da máquina pública para beneficiar Fogaça. Ainda sem ter conhecimento do conteúdo, Rigotto disse que eventuais acusações seriam investigadas e, se comprovadas, haveria punição para os funcionários envolvidos.




Fonte: Agência Estado

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