Polícia Federal prende quadrilha que explorava turismo sexual em Fortaleza

A Polícia Federal prendeu na noite de segunda-feira (25) uma quadrilha envolvida com a exploração de turismo sexual em Fortaleza. Os agentes da PF foram a três endereços em áreas nobres da cidade e detiveram onze pessoas, entre elas o alemão Oliver Gunther, acusado de ser o líder do grupo que oferecia crianças e adolescentes para a exploração sexual em “pacotes” que custavam em torno de dois mil euros.

O material apreendido, com fotos, computadores e celulares, já foi enviado para a perícia. Segundo o delegado Lima Jr, que chefiou a operação, um exame superficial desse material indica que se trata de uma quadrilha bem organizada que operava a partir da Alemanha. "Nós chegamos até lá, até o cabeça da organização que foi preso pela policia alemã. Então podemos dizer que esse quadrilha foi desmantelada."

Foram presas outras seis pessoas, entre elas duas mulheres que, segundo o delegado, atuavam arregimentando as meninas. Uma delas, a pernambuca Fabiana Santos de Mendonça é acusada de explorar a filha de 4 anos de idade. Fotos da menina em poses eróticas foram encontradas entre o material apreendido, segundo a polícia.

Outra mulher, Rosilene Maria da Silva Ramos, foi presa num táxi dirigido por Paulo Neuremberg, que também foi detido. Ele é acusado de ser responsável por levar as meninas até os clientes nos hotéis de luxo da cidade.

A PF prendeu ainda a esposa de Oliver Gunther, a brasileira Francisca Christiane Lima de Oliveira, que pode ser colocada em regime de liberdade provisória porque está amamentando um bebê recém-nascido. Segundo o delegado Lima Junior, Francisca parece ter poucas informações sobre as atividades do marido. "Ela nem fala alemão e está com uma criança recém- nascida. Ela parece ser mais uma vítima do que uma cúmplice".

O delegado disse ainda que a PF aguarda informações da Alemanha para concluir o inquérito. "O objetivo agora é ter elementos suficientes para transformar as prisões temporárias, que têm prazo de cinco dias, em prisões preventivas e, com isso, termos tempo para aprofundar as investigações", explicou o delegado.