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Prisão de Hércules supera 1 século
O ex-cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho, 35, pistoleiro-confesso, foi condenado ontem a cumprir 38 anos e quatro meses de prisão por ter matado a tiros dois anos atrás o radialista Rivelino Brunini, o vendedor Fauze Rachid, sobrinho do presidente do INSS, o ex-senador Carlos Bezerra, e ainda por tentar matar o pintor de paredes Gisleno Fernandes. Hércules, segundo ele mesmo disse, era contratado a matar a mando do bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
O réu já havia sido condenado a 81 anos de prisão por crimes de assassinatos. Então, ele teria de cumprir, ao todo, 119 anos e quatro meses de prisão. Como a regra judicial permite condenação máxima de 30 anos no país, Hércules deve ficar trancado em um presídio até 2032, quando terá completado 63 anos, mesma idade de sua mãe, a dona-de-casa Hilda. Ela assistiu ao julgamento do filho, que durou quase 15 horas, do início até o fim. “Não tenho nada a dizer. Ele (Hércules) está nas mãos de Deus”, disse ela, que procurou escapar da imprensa.
O julgamento foi comandado pelo juiz federal César Bearsi. Estiveram na acusação os procuradores da República Daniela Ribeiro e Rodrigo Telles. Na defesa, atuou o advogado Jorge Godoy. Ele tentou convencer os jurados de que Hércules havia atirado apenas em Rivelino e no pintor de paredes que estava dentro do carro do radialista. Godoy argumentou ainda que seu cliente “era apenas um matador de aluguel” e que nada teria a ver com a organização criminosa chefiada pelo bicheiro João Arcanjo Ribeiro, preso no Uruguai. Além dos homicídios, os procuradores pediram condenação de Hércules por formação de quadrilha. Declarações de Hércules revelaram que ele era o pistoleiro contratado pelo grupo de Arcanjo. Esse bando criminoso, segundo testemunhas disseram ao Ministério Público Federal, tocava o jogo do bicho, lavava dinheiro, sonegava impostos, matava e ainda costumava financiava campanhas políticas em Mato Grosso. Na sentença lida pelo juiz César Bersi, ontem, por volta das 23h30, ele disse que a condenação de Hércules seria de 47 anos pelos assassinatos e a tentativa, e quatro anos por formação de quadrilha. Como o réu havia confessado os crimes, a Justiça reduziu a sentença para 38,4 anos de prisão. Até ontem, o advogado não havia informado se iria recorrer das sentenças.
As mortes
O radialista Rivelino Brunini e seu colega Fauze Rachid Jaudy foram mortos na tarde do dia 5 de junho de 2002. Hércules teria sido contratado para matar apenas Rivelino, mas acabou atirando em Fauze e Gisleno porque estes estavam juntos em uma oficina mecânica, localizada próxima ao hospital Amecor.
Arcanjo teria mandado matar Rivelino porque este o estaria trapaceando na exploração de máquinas caça-níqueis. Rivelino tinha esses equipamentos instalados nas cidades de Chapada do Guimarães e Várzea Grande e planejava explorar o “mercado” de Cuiabá. Aí, Arcanjo teria se irritado e mandado matá-lo.
A morte de Rivelino pode ter ainda relação com os assassinatos do ex-sargento da PM José Jesus de Freitas e seus dois seguranças. Esse crime ocorreu dois meses antes da morte de Rivelino. Hércules foi quem matou também o fundador da Folha do Estado, Sávio Brandão. A mando de Arcanjo, segundo investigações policiais. Arcanjo não gostava de Sávio porque a Folha publicava reportagens contra a organização do bicheiro.
Pistoleiro se diz ameaçado na prisão
O pistoleiro-confesso Hércules Agostinho de Araújo disse que tem sofrido ameaças dentro da Penitenciária Pascoal Ramos.
Ontem, durante um dos intervalos de seu julgamento, o ex-cabo da Polícia Militar garantiu que o complô para pôr fim à sua vida tem o envolvimento de militares que atuam na guarda da penitenciária.
O pistoleiro revelou ainda que recebera um recado ameaçador de Sandro Rabelo, conhecido como Sandro Louco, tido pela polícia mato-grossense como um dos mais perigosos bandidos presos no local.
Hércules é mantido em um alojamento próximo à ala federal da Pascoal Ramos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, presos da ala federal não terão contato com os presos do Pascoal Ramos, que é estadual e abriga ao menos 450 presos. A banda federal deve acolher 53 detentos.
O ex-cabo falou que os militares lhe disseram que vão mandá-lo para uma cela comum. “Se isso acontecer, estou morto”, assegurou.
Sandro Louco, o suposto ameaçador, é um bandido de periculosidade bem semelhante à de Hércules. Sandro já escapou da prisão, matou para roubar e já acumula ao menos 40 anos de condenação.
Hércules já fora julgado por seis homicídios e ainda deve responder por ao menos três, segundo a polícia.
Os dois matavam por dinheiro. Hércules era contratado e seus crimes custavam R$ 7 mil, R$ 20 mil, R$ 30 mil, segundo depoimento seu ao Ministério Público Federal.
Já Sandro Louco declarou que agia na bandidagem para “bancar” os gastos da mulher e filhos.
O réu já havia sido condenado a 81 anos de prisão por crimes de assassinatos. Então, ele teria de cumprir, ao todo, 119 anos e quatro meses de prisão. Como a regra judicial permite condenação máxima de 30 anos no país, Hércules deve ficar trancado em um presídio até 2032, quando terá completado 63 anos, mesma idade de sua mãe, a dona-de-casa Hilda. Ela assistiu ao julgamento do filho, que durou quase 15 horas, do início até o fim. “Não tenho nada a dizer. Ele (Hércules) está nas mãos de Deus”, disse ela, que procurou escapar da imprensa.
O julgamento foi comandado pelo juiz federal César Bearsi. Estiveram na acusação os procuradores da República Daniela Ribeiro e Rodrigo Telles. Na defesa, atuou o advogado Jorge Godoy. Ele tentou convencer os jurados de que Hércules havia atirado apenas em Rivelino e no pintor de paredes que estava dentro do carro do radialista. Godoy argumentou ainda que seu cliente “era apenas um matador de aluguel” e que nada teria a ver com a organização criminosa chefiada pelo bicheiro João Arcanjo Ribeiro, preso no Uruguai. Além dos homicídios, os procuradores pediram condenação de Hércules por formação de quadrilha. Declarações de Hércules revelaram que ele era o pistoleiro contratado pelo grupo de Arcanjo. Esse bando criminoso, segundo testemunhas disseram ao Ministério Público Federal, tocava o jogo do bicho, lavava dinheiro, sonegava impostos, matava e ainda costumava financiava campanhas políticas em Mato Grosso. Na sentença lida pelo juiz César Bersi, ontem, por volta das 23h30, ele disse que a condenação de Hércules seria de 47 anos pelos assassinatos e a tentativa, e quatro anos por formação de quadrilha. Como o réu havia confessado os crimes, a Justiça reduziu a sentença para 38,4 anos de prisão. Até ontem, o advogado não havia informado se iria recorrer das sentenças.
As mortes
O radialista Rivelino Brunini e seu colega Fauze Rachid Jaudy foram mortos na tarde do dia 5 de junho de 2002. Hércules teria sido contratado para matar apenas Rivelino, mas acabou atirando em Fauze e Gisleno porque estes estavam juntos em uma oficina mecânica, localizada próxima ao hospital Amecor.
Arcanjo teria mandado matar Rivelino porque este o estaria trapaceando na exploração de máquinas caça-níqueis. Rivelino tinha esses equipamentos instalados nas cidades de Chapada do Guimarães e Várzea Grande e planejava explorar o “mercado” de Cuiabá. Aí, Arcanjo teria se irritado e mandado matá-lo.
A morte de Rivelino pode ter ainda relação com os assassinatos do ex-sargento da PM José Jesus de Freitas e seus dois seguranças. Esse crime ocorreu dois meses antes da morte de Rivelino. Hércules foi quem matou também o fundador da Folha do Estado, Sávio Brandão. A mando de Arcanjo, segundo investigações policiais. Arcanjo não gostava de Sávio porque a Folha publicava reportagens contra a organização do bicheiro.
Pistoleiro se diz ameaçado na prisão
O pistoleiro-confesso Hércules Agostinho de Araújo disse que tem sofrido ameaças dentro da Penitenciária Pascoal Ramos.
Ontem, durante um dos intervalos de seu julgamento, o ex-cabo da Polícia Militar garantiu que o complô para pôr fim à sua vida tem o envolvimento de militares que atuam na guarda da penitenciária.
O pistoleiro revelou ainda que recebera um recado ameaçador de Sandro Rabelo, conhecido como Sandro Louco, tido pela polícia mato-grossense como um dos mais perigosos bandidos presos no local.
Hércules é mantido em um alojamento próximo à ala federal da Pascoal Ramos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, presos da ala federal não terão contato com os presos do Pascoal Ramos, que é estadual e abriga ao menos 450 presos. A banda federal deve acolher 53 detentos.
O ex-cabo falou que os militares lhe disseram que vão mandá-lo para uma cela comum. “Se isso acontecer, estou morto”, assegurou.
Sandro Louco, o suposto ameaçador, é um bandido de periculosidade bem semelhante à de Hércules. Sandro já escapou da prisão, matou para roubar e já acumula ao menos 40 anos de condenação.
Hércules já fora julgado por seis homicídios e ainda deve responder por ao menos três, segundo a polícia.
Os dois matavam por dinheiro. Hércules era contratado e seus crimes custavam R$ 7 mil, R$ 20 mil, R$ 30 mil, segundo depoimento seu ao Ministério Público Federal.
Já Sandro Louco declarou que agia na bandidagem para “bancar” os gastos da mulher e filhos.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/369969/visualizar/
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