Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 25 de Outubro de 2004 às 23:56

    Imprimir


O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton ingressou plenamente nesta segunda-feira na campanha do Partido Democrata à presidência, sete semanas depois de ter sido submetido a uma cirurgia no coração. Clinton, ainda se recuperando da operação em que colocou quatro pontes de safena, pediu nesta segunda-feira aos eleitores americanos que votem no candidato democrata John Kerry, privilegiando "a esperança" em resposta à estratégia do medo usada pelo presidente George W. Bush.

Com voz clara e firme, Clinton (que governou de 1993 a 2000) discursou para vários milhares de entusiastas numa praça da Filadélfia. "Meus queridos compatriotas, podemos estar melhor. Em oito dias, poderemos estar melhor com o presidente John Kerry!", afirmou ele, referindo-se à eleição do dia 2 de novembro.

Clinton também defenderá nesta semana a candidatura de Kerry na Flórida e no oeste dos Estados Unidos.

Apesar do escândalo sexual que ofuscou seu governo, Clinton continua sendo uma figura popular entre os democratas e o partido conta com sua presença para motivar os democratas a irem às urnas e deixarem de lado o tradicional abstencionismo.

Clinton disse à rede de TV ABC que ingressava na campanha "porque está muito apertada, porque é importante e porque as diferenças entre os candidatos e o curso que darão ao país nos próximos quatro anos são muito profundas." O ex-presidente explicou que os Estados Unidos estão politicamente divididos em dois. "Cada partido tem uma base de 45%. Com isso, a eleição dependerá da porcentagem desses 45% que votará", indicou Clinton.

Kerry comemorou o ingresso de Clinton na campanha: "obviamente espero que traga a força, o talento e o entusiasmo que Bill Clinton sempre traz às campanhas". Clinton "foi um presidente que teve muitos êxitos e o povo sabe disso", acrescentou à rede de TV NBC.

Kerry disse que o desempenho de Clinton e dos democratas em matéria de política interna é contrastante com a gestão do presidente George W. Bush. "Equilibramos o orçamento. Pagamos a dívida por dois anos seguidos. Mais pessoas passaram a ser proprietárias de negócios. Aumentamos o salário mínimo, todas as coisas que George W. Bush desfez ou não fez", disse Kerry.

"Creio que ter Bill Clinton faz os americanos lembrarem da importância desta eleição, o que ela pode significar para a vida dos americanos de classe média, que foram deixados para trás por George W. Bush", acrescentou. Ao ser perguntado sobre se o escândalo que afetou o ex-presidente (por sua relação com uma estagiária da Casa Branca) poderia prejudicar a campanha, Kerry respondeu com um enfático "não".

"O candidato à presidência sou eu, não Bill Clinton. Mas as políticas que Bill Clinton aplicou fizeram diferença na vida dos americanos", afirmou. No entanto, os republicanos têm interpretações diferentes.

O diretor de comunicação da Casa Branca, Dan Bartlett, disse que o retorno de Clinton revela a debilidade de Kerry. "O fato de John Kerry levá-lo da sala de operações para a campanha eleitoral demonstra algo revelador: que vem tendo um rendimento pobre em partes importantes de seu próprio eleitorado", disse Bartlett à rede de TV Fox.




Fonte: AFP

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/370021/visualizar/