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Nacional
Segunda - 25 de Outubro de 2004 às 19:39

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A Varig devolve até o próximo domingo a última remessa de seis aviões da Embraer 145, abandonando com isso seis destinos no Brasil, que serão absorvidos por empresas regionais, informou à Reuters o vice-presidente comercial da Varig, Alberto Fajerman.

"São localidades que não comportam aviões com mais de 50 lugares", disse Fajerman, dando como exemplos Araxá, em Minas Gerais, e Vitória da Conquista, na Bahia. O número de destinos da Varig dentro do Brasil cairá de 45 para 39 cidades.

A devolução dos aviões da Embraer, por fim do contrato de leasing, está sendo feito desde o início do ano e, ao final, somará 15 unidades. A empresa substituiu os jet class fabricados no país, em alguns destinos, por Boeings 737-500, que por sua vez foram substituídos por novos 757 recém-chegados para atender a América do Sul.

Enquanto espera o plano do governo para o setor aéreo, que trará uma solução para a pesada dívida da companhia - cerca de R$ 6,5 bilhões - a Varig traça planos para a temporada de verão, que incluem a chegada de mais dois aviões Boeing de grande porte, possivelmente 777, entre novembro e dezembro, elevando para seis o número desse modelo na frota da companhia.

Um deles deverá ser usado na linha regular para a China, qua ainda depende de alguns acertos bilaterais entre os dois países e por isso não entrou em operação em agosto, como o previsto. A nova data, segundo Fajerman, é início de dezembro.

"Mas teremos reuniões com eles (chineses) em novembro e as coisas devem se acertar, estamos trabalhando para isso", afirmou Fajerman.

A empresa tem conseguido gerar lucro operacional, aproveitando os bons ventos do mercado doméstico e internacional, em alta acumulada no ano de 11,5% e 7%, respectivamente. O problema, lembrou Fajerman, é a pesada dívida do passado.

Somente para manter em dia o pagamento do Paes - um programa de repactuação de dívida com o governo até 2017 -, a Varig gasta US$ 7 milhões por mês e ainda calcula para este ano aumento de US$ 80 milhões nos gastos com combustíveis, devido à alta do petróleo.

O "cobertor curto" da empresa provocou o acúmulo de uma dívida com a Infraero, relativa a este ano, de R$ 118 milhões, que até sexta-feira terá que ser paga ou, pelo menos, feito um acordo para o seu pagamento.

"Vamos ter que pagar, não temos a intenção de deixar a empresa parar de voar", destacou o executivo, sem saber informar se a empresa vai propor divisão em três parcelas, a exemplo do acordo feito pela concorrente Vasp com a autoridade aeroportuária do país, na semana passada.




Fonte: Reuters Investor

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