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Nacional
Segunda - 25 de Outubro de 2004 às 19:19

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A reunião entre representantes dos bancários e dos bancos, que acontecia nesta segunda-feira em um hotel próximo à aveninda Paulista, em São Paulo, foi suspensa. Nesta terça, às 16h30, os dois lados voltam à mesa de discussão.

Segundo uma fonte que participava do encontro, o primeiro após uma interrupção de mais de mês nas negociações, o impasse se manteve e não houve clima para continuar a negociação. O tom de voz dos negociadores chegou a subir, e eles deixaram o encontro se acusando mutuamente.

"Viemos com a predisposição de retomar a negociação e os bancos logo no início se disseram desrespeitados pelo fato de terem sido cobrados por terem se recusado a negociar (durante os 30 dias em que durou a greve da categoria)", disse o presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB), Vágner de Freitas.

Os bancários voltaram à mesa com a mesma reivindicação de reajuste de 19%, com abono salarial de R$ 1.500. "Que é aquilo que temos autorização para fazer", disse Freitas, referindo-se à legitimidade da proposta, aprovada em assembléias.

Segundo ele, os bancos voltaram a alegar que não podiam elevar seus custos além do que a proposta negociada antes do início da greve, e que previa reajuste de 8,5%.

"Até aí tinha negociação ainda", disse o presidente a CNB, que agora pretende insistir na volta à mesa. "Estamos solicitando que seja retomada amanhã, porque esse tipo de desentendimento na mesa não pode impedir a negociação."

O negociador da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), Magnus Apostólico, admitiu que o clima ruim durante a negociação. "Foi melhor suspender a negociação, para ver se os ânimos se acalmam. A CNB fez um discurso indevido, acusando a Fenaban de ser intransigente. Foi uma situação desrespeitosa."

"Mais uma vez a Fenaban demonstrou seu desrespeito aos bancários. Se há um problema que os bancos não têm é de custos. Com resultados em média 20% melhores a cada ano, dizer que não podem agregar custos e insistir numa proposta já rejeitada pelos trabalhadores é, no mínimo, descaso", afirmou o presidente do sindicato dos bancários, Luiz Cláudio Marcolino.

Na semana passada, o Tribunal Superior do Trabalho determinou para Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal reajuste de 8,5%, com abono de R$ 1.000.

Metade dos 30 dias de paralisação serão pagos e a outra metade compensada pelos bancários, conforme a decisão do TST.




Fonte: Terra

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