Projeto de reabilitação chega a bairro de Várzea Grande

A comunidade do bairro São João, em Várzea Grande, está recebendo o projeto “Reabilitação Baseada na Comunidade” (RBC), que possibilita a integração social dos idosos, crianças e de deficientes físicos. O projeto é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde, por meio do Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa (Cridac), Universidade de Várzea Grande (Univag) e a Secretaria de Saúde de Várzea Grande.

As atividades no Centro Scalabriano de Promoção e Apoio ao Migrante (Cespam), onde provisoriamente são desenvolvidas as ações do projeto, acontecem as segundas e quartas-feiras. A programação da segunda-feira pela parte da manhã é oferecida aos idosos e à tarde para crianças de zero a seis anos.

Na programação para os idosos são oferecidos atividades físicas, aferição e controle da hipertensão, além de palestras sobre formas de prevenção de certas doenças da terceira idade, bem como o atendimento fisioterapeutico que é oferecido aos idosos. Já nas atividades voltadas para crianças são oferecidos trabalhos de fisioterapia para melhora da coordenação motora e atendimento neurolingüistico.

Nas quartas-feiras é oferecido um trabalho voltado as gestantes que recebem orientações e todo o acompanhamento necessário para que possam ter uma gestação tranqüila. Elas fazem ginástica, recebem informações sobre o pré-natal e preparação para o parto e pós-parto.

Para a enfermeira Patrícia Costa Oliveira, o projeto resgata a dignidade e a alto estima das pessoas da comunidade que freqüentam o local, “pois além de prestar serviço médico assistencial fazemos também atividades culturais que promovam a integração entre os moradores que freqüentam o local” disse ela.

Os atendimentos médicos são acompanhados pelos agentes de saúde, que através de fichas, marcam e acompanham as evoluções dos pacientes, “Aqui fazemos um trabalho, que envolve dedicação e profissionalismo. Cada aluno, sob orientação de professores, fica responsável por um ou mais idosos, aferindo sua pressão arterial e acompanhando sua evolução” disse a fisioterapeuta Ilza Maria Ferraz, idealizadora do projeto no bairro.

De acordo com Ilza Ferraz a maior preocupação em relação aos idosos é a hipertensão. A doença tem índice elevado dentro da população (20%), mas 80% das pessoas com este mal pode ser controlado através dos tratamentos oferecidos pela rede básica de saúde.

O Diretor do Centro, Pedro D´Ornellas, explicou que o trabalho piloto realizado no bairro visa prevenir a população para evitar doenças que podem ser resultado de má informação. “Priorizamos que antes de cada seção sejam feitas palestras que possibilitem aos presentes informações que sejam de utilidade no seu dia-dia. E, através dessas palestras, visamos a prevenção das doenças”, afirmou o diretor.

Para Isabel Fereira Gonzáles, que a duas semanas participa do projeto, a iniciativa de se ter um espaço para prática de exercícios e de acompanhamento médico é de grande valia para comunidade. Ela afirmou sentir melhoras apenas com os exercícios praticados. “Sinto que meu corpo já apresentou melhoras depois que comecei a freqüentar as ginásticas e por isso pretendo continuar a vir sempre”, disse Isabel Gonzáles.