Com a seleção feita a partir do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em boa parte das instituições de ensino superior, coordenadores de cursos de medicina de universidades federais apontam como a maior problemática o elevado número de vagas ociosas deixadas pelos estudantes de outros Estados. "Há alunos que são chamados por outras universidades e desistem após pouco tempo", diz Yacy Mendonça de Almeida, coordenadora do curso da Universidade Federal do Ceará (UFC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O estudante Lucas Aquino, que faz medicina na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), confirma o problema apresentado pelas universidades. "Vou tentar transferência para Santa Catarina ou Porto Alegre assim que terminar o segundo semestre", diz ao descartar concluir o curso em Alagoas. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a forma mais eficaz de mudar esse cenário é investir na criação de residências médicas. "A mobilidade em medicina sempre existiu, mas sabemos, por pesquisas internacionais e nacionais, que o médico tende a se fixar na cidade onde realizou a sua residência", afirma Amaro Lins, secretário de Educação Superior do MEC.
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