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Internacional
Sexta - 22 de Outubro de 2004 às 11:02

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O grupo palestino Hamas prometeu hoje vingar a morte de um de seus comandantes, às vésperas da votação no Parlamento israelense da proposta de desocupação da Faixa de Gaza.

O assassinato de Adnan al-Ghoul, que era o principal fabricante de bombas do Hamas e número dois da ala militar do grupo, representou um duro golpe para os militantes. Al-Ghoul era conhecido como "o Pai dos Qassam", um modelo de foguete caseiro frequentemente usado em atentados contra cidades israelenses e assentamentos judaicos nos territórios ocupados.

A morte dele também pode ajudar o primeiro-ministro Ariel Sharon a conter seus adversários de extrema direita, que vêem na proposta de retirada de toda a Faixa de Gaza e de quatro dos 120 assentamentos da Cisjordânia uma recompensa à violência palestina. O projeto deve chegar no começo da próxima semana ao Parlamento.

O militante foi morto na quinta-feira, quando um míssil caiu sobre seu carro na Cidade de Gaza, matando também um assessor dele, segundo testemunhas.

"Vamos vingar o sangue dos nossos heróicos líderes Ghoul e Abbas, atacando as profundezas da entidade sionista (Israel)", disse um militante do Hamas, pelo alto-falante, a milhares de pessoas que acompanharam o funeral da dupla. Al-Ghoul, 45, havia sobrevivido a várias tentativas de assassinato, incluindo uma com uma xícara de café envenenado. Ele perdeu dois filhos em ataques israelenses anteriores.

"A morte está vindo para os inimigos", disse o braço armado do grupo, que fez disparos de foguetes e morteiros contra alvos israelenses em Gaza. O Hamas afirmou que um de seus homens morreu durante um ataque com morteiros contra o assentamento de Neve Dekalim, na Faixa de Gaza. Testemunhas disseram que uma das armas explodiu antes de ser lançada.

O ministro palestino Saeb Erekat disse que a morte de Ghoul reflete a determinação israelense de "continuar no caminho das soluções militares em vez das negociações". Horas depois, Israel lançou um ataque com mísseis no norte da Faixa de Gaza, contra a casa de Amer Qarmout, líder dos Comitês de Resistência Popular, segundo testemunhas. Não houve feridos.

O grupo afirmara antes que havia disparado foguetes caseiros Nasser-3 contra a cidade israelense de Sderot. O Exército de Israel afirmou que o alvo do seu míssil era um prédio usado como fábrica de armas e depósito de foguetes pelos militantes.




Fonte: Reuters

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